SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Vista panorâmica, chuveirão, rooftop e ar-condicionado em cada quarto são apenas algumas dos mimos que o barco Dona Selva reserva aos seus hóspedes e ocupantes, incluindo a equipe da cantora Mariah Carey. A embarcação de propriedade do chef paraense Saulo Jennings serve de apoio e camarim para a produção da diva pop, principal atração da gravação do programa “Amazônia Live – Hoje e Sempre” nesta quarta-feira (17).
O evento de música acontece nas água do Guamá, em Belém, e busca celebrar a região e promover a COP30, a Conferência sobre Mudanças Climáticas, prevista para novembro deste ano, também na capital no Pará.
Ainda que a atração principal da noite seja a cantora e o palco flutuante de vitória-regia, a experiência de quem se hospeda e navega as águas dos rios amazônicos sob o Dona Selva é repleta de sentidos únicos, a começar pela própria embarcação e seus espaços.
O barco de 70 pés é dividido em quatro conveses, que comportam oito suítes, com capacidade para hospedar até 20 passageiros. Há suítes de diferentes tamanhos e estruturas, desde cabines para famílias com camas beliches e grandes espaços, quanto para casais e modelos compartilhados.
As cabines são espaçosas, confortáveis e todas elas equipadas com ar condicionado, um bálsamo em meio ao calor paraense. A reportagem se hospedou na embarcação em junho deste ano.
Cabine de navegação, cozinha, sala de jantar climatizada e deque a céu aberto com área de lazer, chuveirão, espreguiçadeiras e vista panorâmica também compõem os atributos do Dona Selva, que carrega em seu nome uma homenagem de Jennings à sua própria mãe.
No que diz respeito à hospedagem, o grande diferencial da embarcação fica com a experiência inusitada de dormir em meio às águas amazônicas. A vista dos quartos com o nascer do dia é de tirar o fôlego. Contrariando as preocupações iniciais, o balanço do barco passa despercebido e não enjoa nem os estômagos mais sensíveis.
Quanto à alimentação, as refeições a cargo de Saulo Jennings e sua equipe trazem a alma da culinária paraense em cada porção. Ingredientes regionais se repetem nos preparados: o cupuaçu nos sucos e sobremesas, o tucupi como caldo e pimenta, as castanhas nos pães caseiros, assim como o cacau in natura, os peixes locais e o açaí servido na cuia, com farinha de tapioca e peixe.
O cardápio servido é farto, mesclando receitas tradicionais paraenses com releituras e criações de Jennings. O menu no barco-hospedagem traz, inclusive, muito do conceito “cuiafood” que aparece também nas escolhas do chef paraense para esta quarta, como a linguiça de pirarucu com mel de tucupi e vinagrete, o arroz de pato e salada vitória-régia, além do doce Floresta Amazônica, composto por cacau, creme de cupuaçu e ganache de chocolate da Amazônia.
*A jornalista viajou a convite da Casa do Saulo