BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) – O governo de Romeu Zema (Novo) exonerou no último sábado (13) o presidente da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) diante de “fofocas” sobre sua atuação à frente do órgão, afirmou o secretário de Comunicação Social, Bernardo Santos.

Rodrigo Gonçalves Franco, no cargo desde novembro de 2023, foi preso em operação da Polícia Federal (PF) nesta quarta (17) contra crimes ambientais. A reportagem não conseguiu contato com sua defesa.

“Não eram necessariamente suspeitas, é porque já havia muito burburinho, havia muito, vamos dizer, fofoca, sobre a postura dele na frente da Feam. A gente decidiu, para evitar qualquer tipo de risco, exonerá-lo. E aí, por uma ocasião do destino, ele quase que imediatamente é preso pela Polícia Federal”, disse o secretário.

A gestão estadual também exonerou Breno Esteves Lasmar da função de diretor-geral do Instituto Estadual de Floresta e o afastou do cargo, segundo publicação extra do Diário Oficial na tarde desta quarta.

Ele teve afastamento determinado após pedido da PF, assim como Fernando Baliani da Silva, da Feam, e Fernando Benício de Oliveira Paula, que integra o Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam). A defesa deles não foi encontrada.

O secretário afirmou que alguns dos servidores envolvidos na operação desta quarta já respondiam a processo administrativo no âmbito da Controladoria-Geral do Estado e que o governo atendeu a pedidos da PF durante o curso das investigações.

“Um grupo empresarial que já tinha várias fiscalizações [por parte do governo], a gente chegou a fechar algumas minerações, mas, por força de lei, acabou tendo que permiti-las de reabrir e voltarem a funcionar”, disse Santos.

O servidor Arthur Ferreira Rezende Delfim, que era diretor da Feam, também foi preso na operação desta quarta.

Na última terça (16), ele participou de audiência na Assembleia Legislativa em defesa de anúncio de Zema, transformado em norma pelo Copam, que flexibiliza o licenciamento ambiental em Minas.

O secretário de comunicação afirmou que o governo trabalha para flexibilizar o licenciamento para ser mais justo com os empreendedores.

“Minas Gerais tem no nome que é um estado que trabalha com a mineração. A gente vai continuar licenciando os projetos. Obviamente que os projetos que estão sob suspeita vão ser analisados e reavaliados, mas isso não pode parar o estado.”