SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo chega à 14ª edição neste ano. O evento, que vai até 19 de outubro, ocupa o pavilhão da Oca, no parque Ibirapuera, com projetos que buscam amenizar os impactos de mudanças climáticas e eventos extremos no planeta. Com programação gratuita, não é preciso retirar ingressos antecipadamente.

A mostra tem curadoria de seis profissionais -Renato Anelli, Karina de Souza, Marcos Cereto, Clevio Rabelo, Marcella Arruda e Jerá Guarani- e reúne cerca de 200 trabalhos. Os projetos se dividem em cinco eixos: preservação de florestas e reflorestamento de cidades, manejo das águas, construção sustentável, uso de energias renováveis e justiça climática com habitação social.

Neste ano, 30 países estão representados com propostas na Bienal. Segundo os organizadores, as ideias foram escolhidas a partir de uma chamada pública, que recebeu 450 trabalhos. O público pode encontrar construções experimentais, estudos de arquitetura e urbanismo, conteúdo multimídia e maquetes.

Veja, a seguir, uma seleção de seis projetos, que inclui fachadas de madeira, estufas de plantas dentro de casa e barreiras marítimas, para conhecer na Bienal de Arquitetura.

ÁGUAS DO CADAVAL

A iniciativa prevê a criação de uma área de proteção ambiental nas margens do córrego do Cadaval, em Carapicuíba, município paulista próximo a Osasco. A proposta evita a ocupação desordenada e incentiva atividades culturais, esportivas e turísticas. A região abrigou a comunidade de matriz africana Ilê Asé Odé Ibualamo, que teve seu terreiro demolido para a canalização do córrego.

ÁGUAS SAGRADAS

Desenvolvido na Índia, propõe a construção de um barracão com espaço para ancoragem de barcos e armazenamento de equipamentos de pesca. Também traz instalações para secagem e conservação de peixes, além de espaço de convivência e estandes para venda de alimentos.

EDIFÍCIO PLATINA 220

O edifício no Tatuapé, região leste da capital paulista, quer atrair empresas para a região e diminuir o deslocamento dos moradores para outras áreas da cidade. O resultado é uma construção de uso misto com espaços residencial e comercial.

ESTUFA E SALA DE ESTAR

O espaço combina estufa, cozinha ao ar livre e sala de estar. Há prateleiras para plantas, bancadas de cozinha e mesas dobráveis. Ali, as estruturas podem ser movidas: fechadas funcionam como estufa e, abertas, viram um espaço para a comunidade se reunir. O trabalho, criado nos EUA e implantado na China, propõe cultivar vegetais e compartilha-los.

FACHADA RESPIRANTE ENTRELAÇADA

A proposta britânica dá destaque às propriedades da madeira. A fachada muda de acordo com o clima: ela se abre com o calor e a umidade para ventilar, sem precisar de eletricidade. Inspirada em técnicas de cestaria, funciona como um tecido vivo que reage ao ambiente.

LIFE COSTADAPTA

O projeto foi desenvolvido para a costa norte da ilha Grã-Canaria, onde muitas residências ficam expostas diretamente ao mar. A ideia é criar piscinas de maré -formações nas áreas costeiras que acumulam água do mar quando a maré baixa- e amenizar os efeitos do nível do mar.

14ª BIENAL INTERNACIONAL DE ARQUITETURA DE SP

Av. Pedro Álvares Cabral, s/n, portões 2 e 3, Moema, região sul

Ter. a dom., das 10h às 20h. Até 19/10

Grátis. Mais informações e participantes em bienaldearquitetura.org.br