SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Luigi Mangione, acusado de assassinar o CEO da United Healthcare, Brian Thompson, teve duas acusações contra ele retiradas hoje pelo tribunal de Nova York.

Juiz rejeitou as acusações de terrorismo, mas manteve as acusações de homicídio de segundo grau, segundo o Washington Post. A decisão foi do juiz Gregory Carro, do distrito de Manhattan, que disse ao jornal que embora não haja dúvidas de que o assassinato não foi um crime de rua comum, a lei de Nova York não considera algo terrorismo simplesmente porque foi motivado por ideologia.

Promotores disseram que vão respeitar a decisão do Tribunal e continuar com as outras nove acusações. Foi a primeira vez desde fevereiro que Mangione apareceu no tribunal, algemado e usando uniforme bege de presidiário. Luigi se declarou inocente de múltiplas acusações de homicídio, incluindo homicídio como ato de terrorismo, no assassinato de 4 de dezembro de 2024.

Mangione conquistou seguidores fiéis como uma forma de protesto contra o sistema de planos de saúde. Apoiadores, principalmente mulheres, ocuparam três fileiras no tribunal na audiência de hoje, assim como fizeram na audiência anterior. Alguns usavam verde -a cor do personagem Luigi, do Mario Bros- como sinal de apoio, e uma mulher vestia uma camiseta que dizia “LIBERTE O LUIGI”.

Ainda não foram definidas datas dos próximos julgamentos, tanto estadual quanto federal. Mangione está preso em uma unidade federal no Brooklyn desde dezembro.

RELEMBRE O CASO

Brian Thompson, 50, estava em frente ao Hilton de Midtown, onde uma conferência de investidores era realizada. Ele faria uma apresentação no evento, mas foi atingido pouco antes das 7h (9h, no horário de Brasília) do dia 4 de dezembro.

Policiais tentaram reanimar Thompson e o levaram a um hospital, onde a morte foi confirmada. “Estamos profundamente tristes e chocados com o falecimento de nosso querido amigo e colega Brian Thompson, diretor-executivo da UnitedHealthcare”, disse a empresa em comunicado.

UnitedHealth Group faturou 100 bilhões de dólares no terceiro trimestre de 2024. A UnitedHealthcare, administrada pela vítima, é um braço da companhia que administra produtos de saúde, como Medicare e Medicaid, para pessoas idosas e de baixa renda, financiados pelos orçamentos estatais.