BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse nesta terça-feira (16) que não está “nem aí” para a resposta do governo dos Estados Unidos sobre o pedido de emissão de visto de entrada no país.

“Igual aquela música: ‘Tô nem aí’. Só fica preocupado com isso quem quer ir para os Estados Unidos, eu não quero ir. Só fica preocupado com isso quem quer sair do Brasil, ir para lá fazer lobby de traição da pátria, como alguns estão fazendo”, disse o ministro.

O Itamaraty pediu em agosto novo visto para o ministro participar da comitiva do presidente Lula na Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova York. A cerca de uma semana do início dos discursos no evento, o governo Donald Trump ainda não concedeu o documento.

Desde o início do mandato de Trump, os EUA suspenderam vistos de sete ministros do STF, do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e da família do ministro Padilha —incluindo o da filha dele, de apenas dez anos.

Padilha não foi diretamente atingido pois seu visto venceu em 2024. No entanto, ele ficou proibido de obter um novo documento, sob o argumento de que participou da criação do programa Mais Médicos no Brasil, que contratou médicos cubanos.

O ministro disse que não definiu ainda se irá para os EUA e afirmou que a prioridade da pasta é garantir a aprovação da Medida Provisória que cria o programa Agora Tem Especialistas. O texto precisa ser aprovado pela Câmara e Senado até o dia 26 de setembro para não perder a validade.