Da Redação

A reforma da Previdência, aprovada em 2019, alterou profundamente a forma como os brasileiros podem se aposentar. Mesmo com mudanças rigorosas, uma modalidade foi preservada: a aposentadoria especial, destinada a quem exerce atividades em condições de risco ou insalubridade.

Em 2025, as regras continuam em vigor, mas com critérios mais rígidos. Antes da reforma, bastava o tempo de contribuição especial. Agora, é necessário cumprir idade mínima ou atingir uma pontuação, dependendo de quando o trabalhador começou a contribuir.

Como funciona a aposentadoria especial

O tempo de contribuição varia conforme o grau de risco da atividade:

  • Baixo risco: 25 anos
  • Risco moderado: 20 anos
  • Alto risco: 15 anos

Para quem já estava no mercado antes de 13 de novembro de 2019, também é exigida uma pontuação mínima, que combina idade com tempo de contribuição:

  • Baixo risco: 86 pontos
  • Risco moderado: 76 pontos
  • Alto risco: 66 pontos

Já quem passou a contribuir depois da reforma só pode se aposentar cumprindo idade mínima:

  • Baixo risco: 60 anos
  • Risco moderado: 58 anos
  • Alto risco: 55 anos

Profissões contempladas

Diversas categorias continuam com direito ao benefício diferenciado. Entre elas estão médicos, enfermeiros, bombeiros, motoristas de ônibus e caminhão de grande porte, vigilantes, mergulhadores, engenheiros químicos, jornalistas, eletricistas, metalúrgicos, mineiros, trabalhadores do setor de petróleo e gás, além de profissionais que atuam em laboratórios, cozinhas industriais e ambientes de risco biológico ou químico.

A lista inclui também ocupações menos conhecidas, como escafandristas, cortadores gráficos, fundidores de chumbo, extratores de fósforo branco, operadores de caldeira e britadores subterrâneos.

Por que a regra é diferente?

O objetivo da aposentadoria especial é proteger trabalhadores que, pela natureza da atividade, enfrentam maiores riscos à saúde e à vida. A redução do tempo de contribuição reconhece que esses profissionais estão expostos a condições que comprometem sua integridade física ao longo da carreira.

Situação atual

Mesmo com os novos requisitos, a modalidade segue sendo uma alternativa importante para quem atua em setores de risco. Entretanto, parte da regulamentação ainda está em discussão — como o caso dos vigilantes, que aguardam decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal (STF).