Da Redação
A Receita Federal se prepara para colocar em funcionamento uma das maiores plataformas digitais já criadas no país. Fruto da reforma tributária, o novo sistema promete revolucionar a forma como o Brasil administra e fiscaliza tributos.
De acordo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a estrutura será 156 vezes mais volumosa que o Pix, hoje referência em tecnologia financeira nacional, e terá capacidade para processar 70 bilhões de documentos por ano. Isso significa que será 11 vezes mais potente que o atual mecanismo da Receita, responsável pela emissão e controle de notas fiscais eletrônicas.
O governo já direcionou R$ 1,6 bilhão em investimentos tecnológicos para assegurar que a plataforma opere com velocidade, segurança e transparência. A implantação começará no próximo ano e será feita em etapas até 2033.
Impacto esperado
Com esse sistema, a Receita pretende modernizar o relacionamento entre empresas, contribuintes e Estado. A expectativa é de que o ambiente digital reduza fraudes, aumente a eficiência da arrecadação e simplifique a vida dos que precisam cumprir obrigações fiscais.
Haddad destacou que a dimensão do projeto é inédita: “Estamos falando de uma ferramenta que, em termos de informação, supera de longe qualquer outro sistema já implementado no país”.
Mais do que um recurso tecnológico, a iniciativa representa um marco no redesenho do sistema tributário brasileiro — um passo estratégico para alinhar o país às melhores práticas de administração fiscal do mundo.