SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – China diz que o TikTok nos EUA, que vai ser controlado por investidores do país, vai contar com licenciamento de algoritmo chinês da ByteDance, a empresa controladora da rede social.

Nesta segunda-feira (15), EUA disseram ter um acordo com a China para o TikTok ser controlado por investidores locais. O presidente Donald Trump comentou sobre o acordo, e o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmou que houve consenso para que o TikTok tenha um proprietário dos EUA.

Nesta terça-feira (16), a China informou que algoritmo chinês será licenciado para a operação do TikTok nos EUA. Wang Jingtao, subdiretor do regulador de cibersegurança da China, afirmou que a ByteDance licenciará propriedade intelectual e “operação de segurança de dados e conteúdos dos usuários dos EUA do TikTok”.

Novos detalhes sobre negociação devem ser anunciados até sexta-feira. Na ocasião, Donald Trump e Xi Jinping vão se encontrar. Espera-se ter maior detalhamento sobre como será configurada essa empresa dos EUA que comandará a operação local do TikTok.

ENTENDENDO A DISPUTA ENTRE EUA E CHINA SOBRE O TIKTOK

Lei aprovada em 2024 estabelece o banimento de redes sociais controladas por adversários políticos. Os EUA acusam o TikTok de sofrer influência do governo chinês, que é considerado um adversário político.

Como resultado, o TikTok deve ser vendido para uma empresa dos EUA para continuar a operar no país. Data inicial do banimento era 19 de janeiro de 2025, porém o presidente Donald Trump tem assinado permissões temporárias até o negócio ser concluído.

Operação depende de aprovação da ByteDance e do governo da China. Até então, autoridades chinesas se negavam vender a operação dos EUA para empresários do país. Negociação dura meses, mas a rodada mais recente ocorreu na Espanha, durante encontro entre Scott Bessent, do lado norte-americano, e o vice-primeiro-ministro He Lifeng, do lado chinês.

Apesar do consenso entre as partes sobre o TikTok, EUA e China mantêm tensão comercial. O mandatário dos EUA aplicou tarifas ao país asiático e em agosto decidiram adiar por 90 dias a entrada em vigor de novas taxas, estendendo a trégua comercial até 10 de novembro.