SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O instituto Vida Livre, do Jardim Botânico, no Rio, acolheu uma macaca-prego que levou um tiro na na coluna. Ela sobreviveu e não corre risco de vida, mas está paraplégica.

Segundo publicação do instituto nas redes sociais, a macaquinha, apelidada de Maria, passou por exames de ultrassom e raio-x, que detectaram o projétil alojado em sua cervical. Os veterinários ainda estudam o caso de Maria para saber se ela poderá ser reabilitada e recuperar os movimentos.

“Recebemos essa jovem fêmea que foi vítima de um tiro na cervical, que até o momento paralisou seus membros inferiores. Ela está sob nossos cuidados, recebendo todo tratamento necessário, que inclui exames, acompanhamento clínico, ampla medicação e alimentação assistida”, diz a publicação do instituto.

“Ela passa o dia deitada, recebendo aquecimento e alimentação assistida. Todo o nosso trabalho é por sua recuperação e para garantir seu conforto”, acrescenta o texto.

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LEGISLAÇÃO

Ainda na rede social, a ONG lamentou a violência contra animais silvestres e fez campanha pelo endurecimento da legislação de defesa dos animais.

“Esse é mais um episódio cruel em que nossa fauna silvestre está subjugada às pessoas e infelizmente desprotegida pela nossa legislação, que até hoje trata os crimes contra a fauna silvestre como delitos menores”, diz o texto. “Na legislação atual, se a pessoa responsável por esse crime fosse identificada, a pena seria irrisória.”

No Brasil, há oito espécies endêmicas de macaco-prego, a maioria natural da mata atlântica e da amazônia. Pelo menos três delas estão ameaçadas de extinção.

A ONG faz campanha pela aprovação de um projeto de lei de 2003 que majora a pena para tráfico e violência contra animais silvestres.

JAGUATIRICA CEGA

Na semana passada, outro animal ferido foi notícia na Folha de S.Paulo. Uma jaguatirica macho apelidada de Fúria foi acolhida pelo Zoológico de Brasília após ser encontrada desorientada em uma rodovia.

Após exames, foi constatado que Fúria ficou cego devido a um trauma craniano. O animal não consegue voltar à natureza e passou a viver no jardim zoológico.