RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – Destaque da seleção brasileira de wrestling, Thamires Machado foi pega em um exame antidoping e está suspensa provisoriamente. Desta forma, a atleta da categoria até 76kg não vai disputar o Campeonato Mundial, que está sendo realizado em Belgrado, na Sérvia.
O QUE ACONTECEU
Thamires testou positivo em exame feito em julho, durante o Ranking Series de Budapeste. Em amostra da atleta foi detectada a presença da substância “19-norandrosterona”, da Classe S1 de esteróides anabólicos androgênicos (EAA).
Em recente turnê na Europa, Thamires conquistou três títulos na Hungria, Polônia e Romênia. Ela integrava o top-10 do ranking mundial da categoria.
A brasileira foi imediatamente impedida de participar de quaisquer eventos nacionais e internacionais. Ela também não pode realizar treinos em centros oficiais dentro e fora do Brasil, exceto de programas de educação ou reabilitação antidoping autorizados.
Segundo a Confederação Brasileira de Wrestling (CBW), Thamires “informou que optou por não entrar com recurso para solicitar a contraprova”. O prazo legal se encerrou em 25 de agosto deste ano.
NOTA DA CBW
“A Confederação Brasileira de Wrestling (CBW) informa que Thamires Martins Machado, atleta da seleção brasileira de wrestling, competidora das categorias 72 kg e 76 kg do estilo livre feminino, foi suspensa provisoriamente pelo Programa de Controle Antidoping desenvolvido pela United World Wrestling (UWW) em parceria com a organização sem fins lucrativos Internacional Testing Agency (ITA).
Em julho deste ano, durante a realização do Ranking Series de Budapeste (Hungria), o programa detectou em amostra da atleta a presença da substância adversa e proibida “19-norandrosterona”, da Classe S1 de esteroides anabólicos androgênicos (EAA). A análise foi feita em laboratório credenciado pela Wada, a Agência Mundial de Antidoping que é parceira do Comitê Olímpico Internacional (COI) e do Comitê Olímpico Brasileiro (COB).
Pelas regras das entidades envolvidas, às quais a CBW é submetida e compromissada, Thamires foi imediatamente impedida de participar de quaisquer eventos nacionais e internacionais da modalidade e mesmo de atividades de treinamento em centros oficiais dentro e fora do Brasil, exceto de programas de educação ou reabilitação antidoping autorizados.
A atleta informou à CBW que optou por não entrar com recurso para solicitar a contraprova (análise da amostra B) da testagem. O prazo legal se encerrou em 25 de agosto deste ano.
Agora, o próximo passo para a atleta e a CBW é aguardar pela resolução final das entidades quanto à penalidade aplicada à atleta e a comunicação oficial sobre ocaso para a comunidade mundial do wrestling. O prazo para este anúncio ainda não foi definido.
A direção da CBW lamenta profundamente o ocorrido, que vai inteiramente de encontro às diretrizes éticas da Confederação e foge do seu controle completo. A CBW ressalta que está dando todo o suporte técnico e pessoal à atleta, para que ela possa atender todas as solicitações das entidades reguladoras, além de refletir da melhor maneira sobre os rumos da sua carreira esportiva.
Convém salientar que a CBW faz um trabalho educativo antidoping permanente junto aos atletas e às comissões técnicas do seu ecossistema, nas cinco regiões do país, por meio de cursos, palestras e demais atividades (presenciais e virtuais) associados ao Programa Jogo Limpo, executado pela Confederação com o apoio de entidades como o COB e a ABCD (Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem)”.