RIADE, None (UOL/FOLHAPRESS) – O Al Hilal prevê disputa jurídica após Renan Lodi deixar o clube, e a Arábia Saudita, na noite deste domingo (14) alegando estar sendo privado do exercício da profissão.

O UOL apurou que o clube árabe entende que o jogador seguiria atuando normalmente por estar inscrito na Champions Asiática. Lodi havia sido preterido pelo técnico Simone Inzaghi da lista de inscritos no Campeonato Árabe.

Ponto alegado pelos advogados e agentes de Renan Lodi é questionado. Dirigentes do Al Hilal avaliam que o argumento de que o lateral estaria sendo “privado do exercício da profissão” abre margem para discussão na Fifa, mas não há consenso sobre a possibilidade de sucesso do brasileiro em sua reivindicação.

Ainda segundo apurou o UOL, clima de insegurança apontado pelo estafe do atleta seria “sensacionalista”. Há o entendimento de que clube e liga local não teriam poder para reter o passaporte do atleta ou impedir sua volta ao Brasil, já que a viagem precisa cumprir todos os trâmites e comunicações formais iguais aos de um voo comercial.

Lodi contratou até uma profissional para auxiliá-lo a organizar a mudança. O jogador e a profissional compartilharam registros nas redes sociais do processo feito antes de deixar a Arábia Saudita em um voo fretado contratado exclusivamente para trazê-lo ao Brasil.

Coluna do Rafael Reis no UOL mostra que o atleta quer assinar com novo clube ainda este ano. Lodi acredita que a Fifa concederá liminar permitindo seu retorno aos gramados em um período de no máximo dois meses, a partir de uma decisão provisória que independe do mérito do caso, para que ele não fique com a carreira interrompida por tempo indeterminado.

O ex-jogador da seleção tem vínculo com a equipe saudita até junho de 2027. Como não ficou com nenhuma das oito vagas de estrangeiros permitidas ao Al-Hilal, Lodi só poderia ser aproveitado na Liga dos Campeões da Ásia até a virada do ano, quando a janela de transferências se abrirá novamente e a lista de inscritos na Saudi League poderá ser alterada.

O lateral esquerdo não faria mais do que seis partidas até janeiro. E, mesmo assim, apenas se fosse escalado pelo técnico Simone Inzaghi para todos os compromissos da Champions.