SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Hexacampeão do Campeonato Brasileiro feminino, o Corinthians busca neste domingo (14), diante de seus torcedores, a sétima conquista. Dono dos troféus de 2018, 2020, 2021, 2022, 2023 e 2024, o time alvinegro estabeleceu amplo domínio na competição e espera ampliá-lo na decisão de 2025, contra o Cruzeiro.
Houve equilíbrio na partida de ida, realizada no último fim de semana, no estádio Independência, em Belo Horizonte. A formação preta e branca esteve à frente duas vezes, com gols de Gi Fernandes e Gabi Zanotti, porém Marília e Isabela deixaram a equipe celeste viva, definindo o empate por 2 a 2. Em caso de novo empate em São Paulo, haverá disputa por pênaltis.
A expectativa é de casa cheia no estádio de Itaquera, onde as Brabas, como são chamadas as jogadoras do Corinthians, acostumaram-se a levantar taças. Mas o nível da concorrência aumentou nos últimos anos, e as atletas do Cruzeiro, as Cabulosas, veem a possibilidade de destronar as atuais campeãs.
“A gente vai jogar para ganhar e buscar o resultado dentro da casa delas”, afirmou a lateral Isabela, que era do Corinthians até a temporada passada e marcou no primeiro jogo. “Jogos assim, decisões, são definidos no detalhe. É um jogo muito equilibrado, acho que vai ser um grande espetáculo”, disse a zagueira Isa Haas.
O Cruzeiro teve a melhor campanha da primeira fase, com 80% de aproveitamento. Na sequência, passou por Bragantino e Palmeiras. O Corinthians, que terminou a etapa de classificação dois pontos atrás do líder -derrotando-o por 4 a 2 na última rodada-, eliminou no mata-mata o Bahia e o São Paulo.
Com os resultados das quartas de final e das semifinais, o clube alvinegro acabou assumindo a primeira colocação geral. Dessa maneira, ganhou o direito de decidir em casa. “Tenho certeza de que o nosso torcedor vai comparecer e vai fazer uma grande festa na Neo Química Arena. E a gente vai fazer a nossa parte dentro de campo”, afirmou a meia Gabi Zanotti.
Nome histórico do futebol alvinegro, ela atingiu mais um marco no jogo da semana passada, tornando-se a atleta mais velha a balançar a rede uma final de Campeonato Brasileiro, aos 40 anos, seis meses e sete dias. A camisa 10 trabalha agora para renovar o recorde aos 40 anos, seis meses e 14 dias.
“A gente precisa ajustar algumas coisinhas em relação ao primeiro jogo, estaremos preparadas”, disse a jogadora, recusando-se a descrever os ajustes. “O detalhe eu vou deixar em off. A gente sabe que o Cruzeiro não chegou até aqui à toa, é um adversário de muita qualidade. Por isso, como falei, precisamos ajustar algumas coisinhas.”
Zanotti espera que desta vez funcione o sistema de árbitro de vídeo, que ficou fora do ar durante parte da primeira partida. Ela pediu que o jogo permanecesse interrompido até o restabelecimento da operação, porém o embate teve sequência normalmente, o que gerou reclamações de atletas dos dois times.
“Sinceramente, acho que foi uma falta de respeito com ambas as equipes. A gente conversou ali dentro, as equipes estavam de acordo, a paralisação era a decisão a ser tomada. Mas a quarta árbitra passou que, pelo protocolo, o jogo deveria continuar. Não concordo. A gente precisa de mais respeito. É algo que dificilmente acontece em partidas do outro gênero”, reclamou Zanotti.