FOLHAPRESS – O ministro Flávio Dino, do STF, fez referência ao assassinato do influenciador trumpista Charlie Kirk para reforçar críticas à proposta de anistia para os envolvidos na trama golpista de 2022.

“Há uma ideia, segundo a qual, anistia e perdão é igual a paz. E foi feito o perdão nos Estados Unidos, e não a paz”, disse Dino, em intervenção durante o voto da ministra Cármen Lúcia no julgamento de Bolsonaro e mais sete réus.

O ministro não mencionou Kirk, mas se referiu a “grave crime político” contra um jovem de posição política “ao lado do atual presidente dos Estados Unidos”.

Em janeiro, o presidente Donald Trump assinou decreto perdoando uma série de pessoas acusadas de crimes relacionados à invasão do Capitólio.

“Às vezes, a paz se obtém pelo funcionamento adequado das instâncias repressivas do Estado”, disse Dino. Ele interrompeu o voto de Cármen após a ministra citar texto do escritor Victor Hugo sobre golpe de estado.

Na terça-feira (9), ao votar pela condenação do núcleo central da trama golpista, Dino já afirmou que não caberia anistia aos acusados.