SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A mulher presa por matar o marido fisiculturista em Chapecó (SC), no domingo, era foragida da Justiça do Rio Grande do Sul após ter sido condenada por tentativa de latrocínio, que é o roubo seguido de morte.

Mulher, que não teve a identidade revelada, havia sido condenada a 15 anos de prisão. A suspeita foi considerada culpada por participação em uma tentativa de latrocínio ocorrido em 2019, na cidade gaúcha de Santa Maria. As informações são do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul.

Crime que resultou na condenação da mulher ocorreu em 3 de abril de 2019. Na ocasião, ela e outros suspeitos assaltaram a casa de um homem, que reagiu e foi baleado. A vítima foi socorrida e sobreviveu.

Mulher foi identificada pela polícia gaúcha e indiciada. Em 2021 ela foi condenada em primeira instância a 18 anos e oito meses de detenção. A suspeita recorreu da decisão em liberdade, e a Justiça reduziu a pena para 15 anos e dois meses de prisão.

O Superior Tribunal de Justiça confirmou a condenação em outubro de 2023. Entretanto, a mulher não foi mais localizada pela polícia e era considerada foragida desde então.

Suspeita deixou a cidade de Santa Maria para morar em Chapecó. Na cidade catarinense ela vivia ao lado do fisiculturista Valter Aita, que também é gaúcho.

Ela é a principal suspeita pela morte de Valter, achado sem vida no domingo. A vítima sofreu diversos ferimentos provocados por faca.

Mulher também foi encontrada ferida, mas sobreviveu. Ela deixou o hospital nesta quarta-feira (10) e foi presa. No mesmo dia, a suspeita passou por audiência de custódia e teve a prisão temporária por 30 dias confirmada pela Justiça de Santa Catarina.

Como a mulher não teve a identidade divulgada, não foi possível localizar sua defesa. O espaço segue aberto para manifestação.

RELEMBRE O CASO

Aita sofreu golpes de faca nas costas, no rosto e no pescoço. A confusão que resultou na morte do fisiculturista começou no apartamento do casal. Ele tentou sair do local, mas morreu na escada do prédio. As informações são da Polícia Civil de Santa Catarina.

A principal suspeita do crime é a esposa dele. A mulher de 43 anos não teve a identidade revelada pelas autoridades. Ela também tinha ferimentos de faca no corpo, foi hospitalizada em estado grave, mas já teve alta.

A motivação para o crime ainda é desconhecida. Segundo o delegado do caso, Rodrigo Moura, a polícia está investigando o que aconteceu dentro do apartamento, inclusive a possível participação de outras pessoas.

Testemunhas relataram ter ouvido gritos vindos do apartamento do casal. Vizinhos contaram aos policiais que ouviram barulhos parecidos com uma briga instantes antes do fisiculturista ser achado morto. Uma mulher disse ter visto pelo “olho mágico” da porta o momento em que Valter apareceu no corredor ensanguentado e caiu desfalecido na sequência.