SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A polícia dos Estados Unidos conseguiu monitorar a movimentação do atirador que matou o ativista Charlie Kirk durante uma palestra em uma universidade de Utah, nos Estados Unidos, nesta quarta-feira (10).

Homem se misturou a outras pessoas do campus e “parecia ter idade de estudante”, afirmou a polícia. Os oficiais evitaram dar mais detalhes sobre a aparência do suspeito para não atrapalhar as investigações.

Arma do crime foi recuperada pela polícia e impressões digitais serão analisadas. Segundo o agente especial do FBI, Robert Bohls, o rifle manual foi abandonado em uma área de mata e as impressões encontradas seriam de uma palma e de um braço.

Ele chegou à universidade pouco antes do meio-dia (horário local) e usou as escadas para subir até o telhado de um prédio, de onde atirou. A informação foi dada pelo comissário do Departamento de Segurança Pública de Utah, Beau Mason.

Imagens de câmeras de segurança da vizinhança conseguiram captar a movimentação do atirador após o crime e são analisadas. Elas não serão divulgadas pela polícia no momento e só serão divulgadas caso as autoridades não consigam identificá-lo.

“Estamos usando algumas tecnologias para identificar este indivíduo. Se não tivermos sucesso, vamos procurar a mídia e pedir ajuda para identificá-lo, mas confiamos nas nossas habilidades”, disse Beau Mason, comissário do Departamento de Segurança Pública de Utah.

Polícia pediu que pessoas que tenham fotos e vídeos do crime submetam imagens ao FBI. “Nenhuma dica é pequena demais”, afirmou o agente especial que investiga o crime.

“Se você tiver qualquer vídeo ou foto do tiroteio, pedimos que submetam ao nosso site. Você também pode contatar o FBI por telefone. Confiamos na ajuda do público em situações do tipo e nenhuma dica é pequena demais”, disse Robert Bohls, agente especial do FBI.

Atualizações foram dadas enquanto polícia faz caçada pelo suspeito do crime. Um vídeo publicado nas redes sociais mostrou uma pessoa em cima de um telhado próximo ao local do atentado logo após o tiro.

RELEMBRE O CASO

Charlie Kirk morreu nesta quarta-feira, aos 31 anos. Ele foi baleado no pescoço durante um evento na Universidade Utah Valley, em Orem, no estado de Utah (EUA). O influenciador chegou a ser socorrido, mas morreu enquanto passava por uma cirurgia, segundo a CBS.

Confirmação da morte foi feita pelo próprio presidente dos EUA na sua rede social. “O grande, e até mesmo lendário, Charlie Kirk está morto. Ninguém compreendia o coração da juventude dos Estados Unidos da América melhor do que Charlie. Ele era amado e admirado por TODOS, especialmente por mim”, escreveu Trump.

Um suspeito foi detido e liberado após interrogatório. A informação foi confirmada pelo diretor do FBI, Kash Patel, em post no X. Até a publicação deste texto, a identidade do suspeito não havia sido revelada. Também segundo a polícia federal dos EUA, as buscas continuam.

QUEM ERA CHARLIE KIRK

Ativista político apoiador de Trump era líder do Turning Point USA. A organização mobiliza eleitores jovens em seus eventos em universidades pelos EUA e levou muitos a votarem no Partido Republicano nas eleições do ano passado.

Influenciador conservador acumulava mais de 14 milhões de seguidores nas redes sociais combinadas. O site Axios já o classificou como um dos dez influenciadores do mundo com maior engajamento.

Com 31 anos, era casado e tinha dois filhos. Sua esposa, Erika Kirk, costuma publicar imagens da família em seu perfil no Instagram. Desde o começo do mês ela vinha fazendo uma contagem regressiva para um anúncio relacionado à família, que estava planejado para acontecer no dia 16 deste mês.

Kirk fundou e presidia a Turning Point USA. A organização sem fins lucrativos organiza eventos e atividades em faculdades e escolas de ensino médio defendendo valores conservadores. A Turning Point USA está presente em cerca de 3.500 instituições de ensino em todos os 50 estados do país.

Ele também apresentava o The Charlie Kirk Show. O programa é transmitido em cerca de 150 estações de rádio dos Estados Unidos e também é ouvido como podcast nas plataformas de áudio.