Da Redação
O julgamento da chamada trama golpista no Supremo Tribunal Federal ganhou um novo rumo nesta quarta-feira (10). O ministro Luiz Fux abriu divergência ao votar pela absolvição do ex-presidente Jair Bolsonaro, afastando a tese de que ele teria liderado ou participado de organização criminosa relacionada aos ataques de 8 de janeiro.
Com a manifestação de Fux, o placar parcial da Primeira Turma ficou em 2 a 1 pela condenação. O processo será retomado nesta quinta-feira (11), quando o ministro deve concluir seu voto, seguido pelas análises de Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.
A posição surpreendeu porque, até então, Fux costumava acompanhar as condenações dos envolvidos nos atos antidemocráticos, embora já tivesse feito críticas às penas aplicadas. Agora, alinhou-se a entendimentos semelhantes aos adotados em relação a Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e ao almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha.
Para o ministro, não há elementos que comprovem participação direta do ex-presidente nas depredações ou ordem para os ataques contra o patrimônio público e prédios históricos.