SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Ferrari confirmou a volta do nome Testarossa (cabeça vermelha, em italiano) à sua linha de esportivos. O modelo ressurge como um automóvel híbrido plug-in, que pode ser recarregado na tomada e tem 1.050 cv de potência combinada. Nos anos 1980 e 1990, a versão original usava o clássico V12 da marca.
O motor a gasolina de agora é o 4.0 V8 biturbo com 830 cv, que funciona em conjunto a outros três, elétricos. Dois estão instalados no eixo dianteiro e há mais um na traseira, garantindo a tração integral.
A mecânica vem da Ferrari SF90 Stradale, que deixou de ser produzida. Há, contudo, mudanças no sistema de arrefecimento e em componentes como turbina, cilindros e escapamento.
A fabricante italiana afirma que o novo esportivo leva apenas 2,3 s para ir do zero aos 100 km/h, sendo capaz de atingir os 200 km/h em 6,4 s. A velocidade máxima é estimada em 330 km/h.
No modo elétrico, a autonomia chega a 25 km, segundo a Ferrari. É o suficiente para circular por áreas urbanas com restrições à entrada de veículos que emitem poluentes. Essa medida já está sendo implementada em algumas cidades europeias.
A eletricidade, entretanto, tem como principal função aumentar a potência e o torque do novo esportivo, que será vendido nas versões Berlinetta (carroceria cupê, com teto fechado) e Spider (conversível). Os preços ainda não foram divulgados, mas não devem ficar abaixo dos R$ 8 milhões no mercado brasileiro, onde o modelo deve estrear ao longo de 2026.
Apesar do resgate histórico, o desenho atual não remete ao da Testarossa produzida entre 1984 e 1996. Essa geração passou por mudanças ao longo dos anos, mas sempre preservou os frisos instalados nas laterais. Eram as entradas de ar para refrigeração do motor 4.9 V12 central (390 cv). A inspiração do carro moderno vem da aeronáutica e dos carros conceituais da década de 1970, segundo a marca.
A origem do nome remete a um passado ainda mais distante. Em 1957, a Ferrari foi campeã do mundial de carros esportivos com a 250 Testa Rossa, cujo apelido vinha das tampas dos comandos de válvulas pintadas de vermelho.