SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um homem foragido há mais de um ano, que teve a prisão decretada por suspeita de participar de uma tentativa de homicídio contra um policial penal federal em Rondônia, foi preso na manhã desta quarta-feira (10) na favela de Paraisópolis, na zona sul de São Paulo.

Douglas Mateus Silva do Nascimento, 27, é apontado como membro da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), e a Polícia Civil rondonense oferecia recompensa de R$ 2.000 a quem tivesse informações sobre seu paradeiro. Ele era o único ainda procurado de um grupo de seis acusados pelo crime, que se tornaram réus em fevereiro deste ano.

A reportagem não conseguiu localizar sua defesa.

A prisão foi feita pela Ficco (Força Integrada de Combate ao Crime Organizado) de São Paulo, que tem participação de polícias federais e estaduais.

Segundo relatório da PF, Nascimento participou de uma emboscada contra um policial penal de 40 anos em Porto Velho (RO) na manhã de 14 de abril do ano passado. O agente penitenciário, que trabalha no setor administrativo da penitenciária federal da cidade, estava no caminho entre sua casa e uma padaria quando um carro se aproximou e criminosos fizeram disparos de arma de fogo contra ele.

O policial penal não ficou ferido. O caso fez parte de uma série de ataques contra policiais em Rondônia. Segundo o processo judicial no qual o grupo foi denunciado, houve ao menos três atentados naquele período.

Nascimento teria alugado a casa que serviu de base para o grupo de criminosos que planejou o ataque, mantinha contato com integrante do PCC em São Paulo e movimentava o dinheiro usado para financiar o plano, segundo depoimentos de policiais federais no processo. Ele estava no carro usado no ataque, segundo a acusação.

O delegado responsável pela investigação, Leandro Balensiefer da Silva, afirmou que ele foi identificado como “o cabeça do esquema criminoso”.

Douglas já foi condenado por furto e havia sido alvo, em 2022, de uma operação que visava combater o tráfico de drogas do PCC em Rondônia. Segundo a PF, ele é considerado um criminoso de “alta periculosidade”.