BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O ministro Luiz Fux começou a votar sobre o mérito do processo da trama golpista sem pedir vista -mais tempo para analisar o caso-, o que poderia adiar o fim do processo. Antes, ele expôs divergências com o relator, Alexandre de Moraes, sobre questões processuais e, em seguida, passou a discutir as acusações da PGR contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados.

Fux é o terceiro ministro a votar na Primeira Turma. Moraes e Flávio Dino defenderam, na terça-feira (9), a condenação de Bolsonaro e dos outros sete réus por cinco crimes. Também integram o colegiado os ministros Cristiano Zanin e Cármen Lúcia.

Ao analisar a última questão preliminar antes do julgamento da trama golpista, o ministro Luiz Fux votou para suspender completamente a ação penal em relação ao ex-diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) Alexandre Ramagem, que é deputado federal pelo PL-RJ.

Ramagem responde atualmente apenas por parte das acusações. Ele é réu por organização criminosa, tentativa de abolição do Estado democrático de Direito e tentativa de golpe de Estado.

Fux votou para “suspender in totum [completamente] essa ação penal e a respectiva prescrição em relação ao crime de organização criminosa e os demais [crimes]” em relação a Ramagem.