Walison Veríssimo

A Comissão Especial de Inquérito (CEI) que apura o contrato do consórcio Limpa Gyn com a Prefeitura de Goiânia realizou sua segunda reunião na terça-feira (9) e aprovou os primeiros requerimentos de informações.

O presidente da comissão, vereador Welton Lemos (Solidariedade), protocolou três ofícios destinados à Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra), à Controladoria-Geral do Município (CGM) e à Agência de Regulação de Goiânia (AR). O objetivo é esclarecer detalhes do contrato, serviços prestados no aterro sanitário e a fiscalização regulatória da agência.

Questionado sobre a possibilidade de convocar o ex-secretário da Seinfra e atual presidente de seu partido, Denes Pereira, Lemos afirmou que ninguém está isento: “Convocaremos qualquer pessoa que tenha ligação direta com o caso, independentemente de quem seja”.

O relator da CEI, vereador Willian Veloso (PL), pediu documentos financeiros completos da Limpa Gyn, incluindo balanço patrimonial, fluxo de caixa e demonstrações de resultados. Segundo ele, a análise contábil mostrará se o consórcio tinha estrutura para assumir um contrato dessa dimensão.

Já a vice-presidente da comissão, vereadora Aava Santiago (PSDB), solicitou informações sobre a frota de caminhões utilizada nos serviços, os valores dos veículos e o plano de varrição mecanizada. Ela criticou a falta de transparência da empresa e disse que o contrato precisa ser acompanhado de perto.

“Estamos falando de valores milionários pagos com dinheiro público. A relação com o parlamento deve ser institucional, não de camaradagem”, declarou. Aava ainda destacou que, na prática, o serviço de varrição mecanizada não está sendo cumprido como prevê o contrato: “Na Avenida Anhanguera, onde moro, não passa da forma como deveria”.

Todos os requerimentos foram aprovados por unanimidade, e a comissão deve avançar para novas etapas de investigação nas próximas sessões.