BELÉM DO SÃO FRANCISCO, PE (FOLHAPRESS) – A agricultora Ana Vilka Lima cobrou Justiça e que seja esclarecida a morte da menina de 11 anos após ter sido agredida por colegas dentro da escola onde estudava, em Belém do São Francisco, no sertão de Pernambuco. O caso aconteceu na última quarta-feira (3).
O velório de Alícia Valentina Lima dos Santos Silva acontece nesta terça-feira (9), em um clima de comoção e tristeza.
“Eu perdi minha filha ela não vai mais voltar. Eu só quero justiça. A morte dela não pode ficar assim. Ela era uma menina maravilhosa, todo mundo gostava dela. Eu não posso deixar ficar por isso mesmo”, disse a mãe, durante velório em uma casa funerária no centro do município.
A morte da garota foi confirmada no domingo (7), no Hospital da Restauração, no Recife, mas o corpo só chegou à cidade natal na madrugada desta terça.
Segundo familiares, Alícia Valentina foi espancada dentro do banheiro da escola municipal Tia Zita. Ela chegou a ser atendida em diferentes unidades de saúde apresentando sangramentos pelo nariz e ouvido, mas foi liberada em todas as ocasiões. O quadro se agravou quando ela começou a vomitar sangue.
A Polícia Civil instaurou um inquérito para investigar as circunstancias da agressão. O caso segue em apuração e detalhes não foram divulgados por envolver menores.
O enterro de Alícia Valentina está marcado para 16h, no cemitério local.
Ainda não há detalhes sobre quantas pessoas participaram das agressões nem sobre o que motivou o ataque.
Em nota nesta segunda (8), a Prefeitura de Belém do São Francisco afirmou que prestou “toda a assistência necessária à família” desde os primeiros momentos e que não houve omissão por parte do poder público.
O comunicado disse ainda que “não houve negligência médica ou alta hospitalar pelos profissionais da saúde que realizaram o atendimento da menor Alícia Valentina no hospital do município Dr. José Alventino Lima” e que a estudante teria sido levada para casa pela mãe “sem autorização da médica plantonista”.
A administração municipal também disse que o caso foi encaminhado às autoridades competentes e manifestou solidariedade à família, amigos, professores e colegas da aluna.