SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Um sargento da reserva da Polícia Militar de Alagoas foi preso por suspeita de estuprar uma menina de 10 anos, no domingo, no bairro do Jacintinho, em Maceió.

Sargento é suspeito de colocar a mão por dentro da blusa da menina e apalpar os seios dela. O militar, que é conhecido da família da vítima, teria cometido o crime após chamar a garota para um abraço. A vítima teria recusado, mas o suspeito a puxou com força e a tocou indevidamente. As informações constam no boletim de ocorrência registrado pela PMAL.

Após ser apalpada, a criança começou a chorar. Nesse momento, o militar teria oferecido R$ 5 para que ela ficasse em silêncio e não contasse o ocorrido para ninguém.

Garota foi chorando para casa e relatou o ocorrido para a mãe. A Polícia Militar foi acionada e o suspeito foi preso pouco tempo depois.

Militar estava com sinais de embriaguez e negou o crime ao ser preso. O sargento da reserva alegou que a menina havia pedido R$ 5, e ele deu. Entretanto, uma testemunha, também criança, confirmou a versão da vítima, ainda segundo a polícia.

Sargento foi encaminhado à Central de Flagrantes de Maceió. Ele passou nesta segunda-feira (08) por audiência de custódia e vai responder em liberdade pelo crime de estupro de vulnerável.

A PMAL disse que não vai comentar a conduta do militar. Como ele não teve a identidade divulgada, não foi possível localizar sua defesa para pedir posicionamento. O espaço segue aberto para manifestação.

COMO DENUNCIAR VIOLÊNCIA SEXUAL

Vítimas de violência sexual não precisam registrar boletim de ocorrência para receber atendimento médico e psicológico no sistema público de saúde, mas o exame de corpo de delito só pode ser realizado com o boletim de ocorrência em mãos. O exame pode apontar provas que auxiliem na acusação durante um processo judicial, e podem ser feitos a qualquer tempo depois do crime. Mas por se tratar de provas que podem desaparecer, caso seja feito, recomenda-se que seja o mais próximo possível da data do crime.

Em casos flagrantes de violência sexual, o 190, da Polícia Militar, é o melhor número para ligar e denunciar a agressão. Policiais militares em patrulhamento também podem ser acionados. O Ligue 180 também recebe denúncias, mas não casos em flagrante, de violência doméstica, além de orientar e encaminhar o melhor serviço de acolhimento na cidade da vítima. O serviço também pode ser acionado pelo WhatsApp (61) 99656-5008.

Legalmente, vítimas de estupro podem buscar qualquer hospital com atendimento de ginecologia e obstetrícia para tomar medicação de prevenção de infecção sexualmente transmissível, ter atendimento psicológico e fazer interrupção da gestação legalmente. Na prática, nem todos os hospitais fazem o atendimento. Para aborto, confira neste site (https://mapaabortolegal.org/) as unidades que realmente auxiliam as vítimas de estupro.