Da Redação

Jair Bolsonaro (PL) já discute com seus aliados como reagir a uma possível decisão desfavorável no Supremo Tribunal Federal. O ex-presidente, que responde pelo envolvimento em uma tentativa de ruptura institucional, avalia solicitar prisão domiciliar caso seja condenado. O argumento central seria o seu estado de saúde, considerado frágil por pessoas próximas.

Embora as acusações possam resultar em mais de quatro décadas de pena, a estratégia da defesa é recorrer a todas as instâncias antes de acionar o pedido de domiciliar. Desde agosto, Bolsonaro já cumpre medida semelhante por decisão do ministro Alexandre de Moraes, após descumprir determinações judiciais.

Relatórios médicos apontam episódios recorrentes de soluço, vômitos e lesões na pele, algumas suspeitas de câncer. Advogados já pediram autorização para cirurgia de remoção de pintas, reforçando o discurso de que a prisão em regime fechado agravaria o quadro clínico.

Ciro Nogueira (PP-PI), aliado de longa data, declarou que o encarceramento comum equivaleria a uma sentença de morte. Nos bastidores, há relatos de perda de peso, abatimento e queda de ânimo desde que o ex-presidente foi preso. Já a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) afirma ter encontrado Bolsonaro calmo, mas ainda sofrendo com as crises de soluço.

O julgamento na 1ª Turma do STF deve ser finalizado até sexta-feira (12). Em caso de condenação, a pena começaria a ser cumprida somente em novembro, quando a defesa planeja reforçar o pedido de permanência em prisão domiciliar.