SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Sempre é tempo de amar. É essa a mensagem que a quinta temporada de “Casamento às Cegas Brasil” quer passar. O programa estreia na próxima quarta-feira (10), na Netflix. Pela primeira vez, o reality será formado apenas por participantes acima dos 50 anos, todos dispostos a se entregar ao experimento, redescobrir o amor e provar que nunca é tarde para começar uma nova história.

Segundo a diretora Cássia Dian, a ideia de abrir espaço para pessoas mais velhas já era um pedido antigo da audiência. “Desde a primeira temporada, a gente recebia muito retorno do público pedindo uma edição 40+, 50+. Agora, com o formato consolidado, sentimos que era o momento certo de atender esse desejo.”

A escolha não só ampliou a representatividade dentro do programa, como também transformou completamente a dinâmica da temporada.

Diferentemente das edições anteriores, em que os participantes buscavam o aval da família para começar uma nova vida, os mais velhos já têm filhos adultos -e, em alguns casos, netos. “Brincávamos que eles não precisavam mais da aprovação dos pais. Eles buscavam a aprovação dos filhos, mas se jogaram mais que os jovens”, conta Cássia.

A diretora também percebeu que o elenco 50+ mergulhou na experiência de forma muito mais autêntica. Sem a pressão das redes sociais, eles se entregaram ao processo sem medo de julgamentos externos. “Os participantes mais velhos não estão tão conectados dessa maneira. Eles se despiram mais, e isso resultou em uma imersão muito mais profunda no experimento”, afirma.

Para Camila Queiroz, que segue no comando da atração ao lado do marido, Klebber Toledo, a intensidade dos novos participantes surpreendeu. “Eles estão mais intensos em tudo, tanto no sim quanto no não. Quando gostam, gostam de verdade. E quando não gostam, não têm medo de dizer não. É tudo muito objetivo, muito visceral”, diz a atriz.

Essa honestidade, segundo ela, vem acompanhada de uma energia que também a surpreendeu positivamente. “Uma coisa que me impressionou foi a vitalidade. Eles deram banho na gente. Sempre impecáveis, alegres, cheios de vontade de viver. Se você acha que está cansado para sair, eles já estão prontos, arrumados, cheirosos e animados”, afirma.

Klebber complementa que essa maturidade trouxe outra perspectiva para o programa. Em vez de buscar estabilidade, como os mais jovens, os participantes agora querem leveza. “Nas outras temporadas, eram pessoas querendo construir uma vida. Aqui, eles já têm casa, já tiveram filhos. O que buscam é um parceiro para se divertir, alguém para compartilhar essa outra metade da vida com cumplicidade.”

Mas nem tudo foi simples. Um dos desafios da produção foi lidar com a dificuldade do elenco em relação ao confinamento prolongado. “Eles tiveram mais dificuldade de se adaptar ao isolamento. Nosso suporte psicológico, que já existe em todas as edições, foi ainda mais importante para ajudá-los a se sentirem bem dentro das limitações do programa”, explica Cássia.

A temporada também abre espaço para temas pouco discutidos em realities, como a vida sexual na maturidade. “A intensidade é a mesma, a paixão, os medos, as frustrações. O sexo na terceira idade ainda é tabu, mas eles vivem isso com muita liberdade. É muito legal ver isso representado”, diz a diretora.

Camila ressalta que a experiência trouxe lições até mesmo para ela e Klebber. “Ter 50+ não é sinônimo de maturidade. Às vezes, um conflito que você tem aos 30, você carrega até os 50. O que muda é a forma de compreender cada situação. Essa temporada mostra que, em qualquer idade, o amor é uma escolha de entrega.”

“Casamento às Cegas Brasil: Nunca é Tarde” será lançado em três partes: dia 10 de setembro (quatro episódios), dia 17 (mais quatro) e 24 (com os dois finais, focados nos casamentos).