SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O ataque a tiros em Jerusalém nesta segunda-feira (6) matou seis pessoas, incluindo os rabinos Yosef David, 43, e Mordechai Steintzag, 79, além do jovem Yaakov Pinto, espanhol de 25 anos que emigrou para Israel.

Veja, abaixo, a lista de mortos.

**Mordechai Steintzag, 79**

Rabino, emigrou dos Estados Unidos para Israel há décadas. Conhecido como “Mark”, ele era dono de uma conhecida padaria em Beit Shemesh.

**Sarah Mendelson, 60**

Única mulher entre as vítimas, ela fazia parte da liderança do Bnei Akiva, um movimento juvenil sionista religioso. Ela estava a caminho do trabalho.

**Yaakov Pinto, 25**

Nascido na Espanha, ele emigrou recentemente para Israel. Segundo a imprensa local, estava morando em Jerusalém e se casou há dois meses.

**Yosef David, 43**

Rabino e morador de Jerusalém. Morreu a caminho de um centro de estudos religiosos.

**Levi Yitzhak Pash, 57**

Morador do assentamento de Tel Zion, perto de Jerusalém, na Cisjordânia ocupada. Trabalhava em uma yeshivá (escola religiosa).

**Israel Matzner, 28**

Nasceu em Bene Beraq e morava em Jerusalém. Morreu a caminho de um centro de estudos religiosos.

Há ainda 11 feridos, dos quais seis em estado grave.

A polícia israelense informou que dois agressores chegaram de carro e abriram fogo contra o ponto de ônibus em Ramot Junction por volta das 10h15 locais (4h15 de Brasília). Um segurança e um civil revidaram e mataram os atiradores. Com eles, estavam várias armas, munições e uma faca. Eles foram classificados como terroristas.

Em vídeos divulgados nas redes sociais, é possível ouvir o barulho dos tiros vindos de perto de um ônibus, e dezenas de pessoas começam a correr em desespero entre os veículos na via, naquele momento congestionada. Ramot Junction é uma ligação viária em uma das chegadas de Jerusalém.

A junção está localizada em uma parte da cidade que Israel capturou na guerra de 1967 e depois anexou, em uma ação que as Nações Unidas e a maioria dos países não reconhecem.

O Hamas elogiou os criminosos, aos quais chamou de “combatentes da resistência”, mas não reivindicou a responsabilidade pelo atentado. O Jihad Islâmico, outro grupo terrorista palestino, também celebrou o atentado, sem assumi-lo.

Em resposta ao tiroteio, o ministro da Defesa, Israel Katz, prometeu revidar, ao dizer que “um poderoso furacão atingirá os céus da cidade de Gaza”. Depois, o premiê Binyamin Netanyahu foi ao local do ataque e disse que Israel está lutando uma “poderosa guerra contra o terror”.

O ataque ocorre em meio a uma ofensiva de Tel Aviv para ocupar a Cidade de Gaza e a menos de um mês de o ataques terroristas de 7 de Outubro, quando o Hamas invadiu Israel, dando início ao conflito, completarem 2 anos.