SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Morreu no sábado (6), aos 81 anos, o vocalista e cofundador da banda Supertramp, Rick Davies. Responsável por escrever hits como “Goodbye Stranger” e “My Kind of Lady”, o músico estava em tratamento contra o mieloma múltiplo, um tipo de câncer no sangue, há uma década.

A morte, ocorrida em Nova York, foi confirmada por seus colegas de banda nesta segunda-feira (8). “Como compositor, com o parceiro Roger Hodgson, ele era a voz e o pianista por trás das canções mais icônicas do Supertramp, e deixa uma marca na história do rock”, disseram em comunicado.

“Seus vocais carregados de emoção e o toque inconfundível no Wurlitzer [piano eletrônico da fabricante americana] se tornaram o coração pulsante do som da banda. Para além do palco, Rick era conhecido por seu calor, a resiliência e a devoção à sua mulher, Sue, com quem compartilhou mais de cinco décadas.”

“A música de Rick e seu legado continuam a inspirar muitos e são prova de que grandes canções nunca morrem, elas continuam vivas”, diz ainda o comunicado. O artista britânico deixa a mulher, Sue Davies, que trabalhou como empresária do Supertramp.

Nascido em Swindon, no sudoeste da Inglaterra, em 1944, Davis era amante do jazz e do blues, influências que levaria à sua banda de rock, em 1969. Foi só no ano seguinte que o grupo, fundado ao lado de Roger Hodgson, ganhou o nome Supertramp. A formação original tinha ainda Richard Palmer e Keith Baker.

Ao combinar rock progressivo e pop, a banda conseguiu ser exportada para fora do Reino Unido. Com o disco “Breakfast in America”, seu sexto de estúdio e lançado em 1979, venceu duas estatuetas do Grammy, além de ser indicado a melhor álbum do ano.

Com faixas como “The Logical Song” e “Take the Long Way Home”, “Breakfast in America” ficou em primeiro lugar na Billboard 200 por seis semanas e foi elogiado pela mistura de influências que formava seu rock.

Em 1983, com a saída de Hodgson da banda, Davies continuou como líder até o fim dos anos 1980, quando extinguiu o Supertramp. O grupo voltaria, com diferentes formações, nas três décadas seguintes.

Nos últimos anos, as canções continuaram vivas nos palcos com a banda tributo Supertramp Experience, formada na Europa com o aval de Hodgson, que já se apresentou no Brasil em diferentes ocasiões.