SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Paquetá, Bruno Guimarães, Richarlison, Marquinhos… A galera da seleção desceu a ladeira, em um trajeto sinuoso, com cabelos ao vento e uma sensação de liberdade que só o ambiente da Granja Comary traz em um período de treinos.

Tudo por causa da dinâmica de um transporte alternativo a duas rodas: bicicleta.

Há jogadores e membros da comissão técnica que abrem mão da van ou mesmo de fazer o trajeto a pé dos alojamentos, na parte alta do CT da seleção, até o campo onde os treinos acontecem.

Mas como funciona o “código” do uso da bike na Granja?

Elas apareceram por ali para exibir a marca do Itaú. A bicicleta faz parte do cotidiano do Rio de Janeiro, com estações espalhadas por diversos pontos da cidade.

Na Granja, os jogadores têm as bicicletas à disposição e as estacionam em um posto colocado ao lado do prédio dos vestiários.

Para subir de volta, cansados do treino, a van salva. Afinal, o caminho é íngreme.

Tem um veículo na Granja para fazer esse trajeto de subida das bikes para que no dia seguinte os jogadores façam o mesmo caminho com elas.

A comissão técnica não fica regulando quem usa, como usa e muito menos instala radares de velocidade. Conta com o bom senso. Em dias chuvosos, normalmente as bicicletas ficam de lado.

Um dos jogadores da geração atual que curte uma velocidade um pouco mais alta é o goleiro Ederson.

Até hoje, não há registro de acidentes na seleção principal.

Segundo a reportagem apurou, tem um outro lado nessa história. Já houve casos de jogadores que evitaram usar as bicicletas porque elas acabam sendo um meio muito explícito de exibição do patrocinador.

A bike laranja tem várias referências ao Itaú. Aí, como o banco não patrocina os jogadores individualmente, há quem prefira a discrição das vans convencionais.

De qualquer forma, de bike ou de van, o que eles todos querem é chegar à Copa do Mundo.