SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Polícia Metropolitana de Londres deteve cerca de 425 pessoas que participavam de uma manifestação de apoio ao grupo Ação Palestina neste sábado (6). A organização foi banida no Reino Unido no início de julho sob a legislação antiterrorismo, levando a uma onda de detenções de apoiadores.

A suspensão ocorreu depois que membros da Ação Palestina invadiram uma base da Força Aérea Real e danificaram aviões militares em protesto contra o apoio do Reino Unido a Israel. O grupo, que também mira empresas de defesa ligadas a Tel Aviv, acusa o governo britânico de ser cúmplice no que classifica de crimes de guerra do Exército israelense na Faixa de Gaza.

O governo, por outro lado, acusa o grupo de causar danos no valor de milhões de libras e diz que a proibição da Ação Palestina não impede manifestações de outras organizações pró-Palestina.

Centenas de pessoas foram detidas nas últimas semanas por apoiar a Ação Palestina –mais de 500 apenas em um dia de agosto, sendo que a maioria das detenções ocorreu porque os manifestantes exibiam cartazes em apoio ao grupo em um ato na Parliament Square, em Westminster.

Neste sábado, reunidos no centro de Londres, perto do Parlamento, muitos dos manifestantes que protestavam contra o banimento da Ação Palestina também seguravam cartazes com os dizeres: “Eu me oponho ao genocídio.”

Segundo a polícia, em um comunicado no X, “policiais foram submetidos a um nível excepcional de abuso, incluindo socos, chutes, cuspes e objetos arremessados, além de abuso verbal” durante os atos.

A proibição da Ação Palestina a coloca ao lado da Al Qaeda e do Estado Islâmico e torna crime apoiar ou pertencer à organização, sob pena de até 14 anos de prisão. Grupos de direitos humanos criticaram a decisão do Reino Unido de banir o grupo como desproporcional e dizem que a medida limita a liberdade de expressão de manifestantes pacíficos.