SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Vencedora do leilão do túnel entre Santos e Guarujá, a companhia portuguesa Mota-Engil reúne mais de 200 projetos de infraestrutura em seu portfólio, em setores como o aeroportuário, ferroviário e portuário.

No Brasil, por exemplo, a empresa lidera o consórcio que ganhou um contrato de manutenção das plataformas da Petrobras na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, avaliado em cerca de US$ 164 milhões.

A companhia também tem outros projetos na América Latina. Faz parte, por exemplo, do grupo de empresas responsáveis pela construção das linhas 4, 5 e 6 do metrô de Monterrey, no México.

No mesmo país, a Mota-Engil está à frente da ampliação da linha 3 do metrô de Guadalajara. O projeto terá 12 estações (sete elevadas e cinco subterrâneas) distribuídas ao longo de 14 km de trilhos, divididos numa parte em viaduto (9 km) e outra em túnel (5 km).

Um dos grandes projetos divulgados pela empresa é a construção de parte da infraestrutura ferroviária do chamado “Trem Maia”, também no México.

Ainda na região, há projetos para construção de barragem, estradas, escolas, entre outros.

Além da América Latina, a Mota-Engil tem uma extensa carteira de projetos na Europa e na África, principalmente. Nesses continentes, a companhia está à frente de obras como modernização do Caminho-de-Ferro de Luanda (Angola), construção de terminal de cruzeiros em Cabo Verde e construção de edifício para residência de estudantes no Porto, em Portugal.

A Mota-Engil foi fundada em 1946, por Manuel António da Mota, em Amarante (Portugal). Logo depois da fundação, no mesmo mês e ano, a empresa abriu uma sucursal em Angola.

A Mota-Engil venceu nesta sexta-feira (5) o leilão para construir o túnel entre Santos e Guarujá, no litoral paulista. Será o primeiro túnel imerso construído no Brasil e é a principal obra do novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) do governo Lula.

Com participação da CCCC, gigante chinês de infraestrutura, a Mota-Engil propôs receber R$ 436,10 milhões anuais de contraprestação pública anual, um desconto de 0,5% sobre o valor de R$ 438,30 milhões proposto no edital. Ela superou a espanhola Acciona, que não ofereceu qualquer desconto.