SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um poste no cruzamento das ruas Vitorino Carmilo e Doutor Carvalho de Mendonça, no bairro Campos Elíseos, no centro de São Paulo, recebeu espinhos de metal em parte de sua estrutura.

O dono do feito era um mistério até a tarde desta sexta-feira (5), quando a Polícia Militar confirmou ser a responsável pelo pilar. A resposta positiva veio depois de a Folha de S.Paulo publicar o texto sobre o caso e de insistentes pedidos. Em nota na terça-feira (2), a gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) havia afirmado desconhecer o fato.

Segundo a SSP (Secretaria da Segurança Pública), na nova resposta, “a estrutura citada visa abrigar câmeras de monitoramento, com um aparato para coibir atos de vandalismo”.

A reportagem apurou que o objeto seria de propriedade de uma empresa de telefonia, que atua em parceria com a PM. Procurada, na tarde de quinta-feira (5), a empresa não havia retornado ao questionamento até a publicação do texto.

A Prefeitura de São Paulo sempre negou que tivesse alguma relação com o poste.

A reportagem passava pelo endereço na segunda-feira (1º) quando notou os espinhos metálicos.

Comerciantes afirmam que o adorno foi colocado há cerca de duas semanas, após a depredação de uma câmera que estava no local, equipamento que não foi reposto.

Além dos espinhos, o poste possui a estrutura conhecida como chapéu chinês, objeto usado pelo município em outros pilares contra furtos ou atos de vandalismo de equipamentos do Smart Sampa, programa municipal com mais de 20 mil câmeras espalhadas pela cidade. Uma caixa que serviria para armazenar cabos e outros componentes eletrônicos também pode ser vista.

A poucos metros do poste em questão há uma câmera do Smart Sampa.

Quando procurada, a prefeitura orientou que a reportagem procurasse a Polícia Militar, que poderia ter instalado o poste para vigilância através do Muralha Paulista, programa de monitoramento estadual que substituiu o Detecta.