RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Em “Vale Tudo”, depois de meses de suposições erradas, Consuêlo (Belize Pombal) finalmente descobrirá que a mulher que conquistou o coração de seu filho André (Breno Ferreira) é a amiga Aldeíde (Karine Teles). Tomada por uma mistura de decepção e revolta, já que foi enganada na porta de casa, a secretária reagirá mal ao relacionamento, numa trama que promete agitar os próximos capítulos do folhetim da Globo.

“Eu estava ansioso desde o início da novela. É o momento mais aguardado do personagem, né? Você vai construindo toda a trajetória para esse clímax -e foi uma delícia gravar essas cenas. Exigiu muita entrega”, conta Breno ao F5.

Se a autora Manuela Dias não mudar os rumos da história, André termina a trama com Aldeíde. No entanto, o personagem ainda terá que enfrentar alguns percalços pelo caminho. “Ele vai ficar bem confuso com a reação da mãe. Tem também a história de Aldeíde ser a patrocinadora dele na hípica e não ter contado. Não sei, não… (risos). Eu torço pelo casal, mas a caneta não está nas minhas mãos”, desconversa.

Ao contrário de seu personagem, Breno conta que nunca se relacionou com mulheres mais velhas. “Não vivi nada parecido, ainda mais com uma pessoa que me conhecesse desde muito novo. Mas também não seria um problema. Para mim, quando existe amor, ele deve ser vivido”, afirma.

O ator também comentou as críticas em relação ao “esconde-esconde” do casal, que precisava esperar Poliana (Matheus Nachtergaele) sair de casa para ficar mais à vontade. A situação foi considerada inverossímil por parte do público, já que se tratam de dois adultos livres e Aldeíde teria dinheiro para pagar um hotel, por exemplo, para que os dois se encontrassem.

“Era mesmo estranho, mas acho que tinha um frescor quase juvenil, aquela coisa perigosa, meio proibida, que dava até um tom fantasioso à relação”, avalia o ator. “A Aldeíde tinha esse registro no início da novela e, para mim, fazia sentido.”

Breno ainda deu sua opinião sobre o mistério em torno da morte de Odete Roitman (Debora Bloch). “Mudo de opinião toda hora. Já apostei na Celina (Malu Galli), no Eugênio (Luis Salem), no César (Cauã Reymond), na Maria de Fátima (Bella Campos)… mas agora aposto no Olavo (Ricardo Teodoro). Ele é muito amigo da Fatinha… São muitos personagens com razões para matar a Odete”, conclui.

O baiano de 27 anos está em sua primeira novela na emissora. Antes, participou de produções como “Manhãs de Setembro” e “Amar É para os Fortes” (Prime Video), “Coisa Mais Linda” e “De Volta aos 15” (Netflix), “Dois Tempos” (Disney+) e “Beleza Fatal” (HBO Max).

Irmão do também ator Dan Ferreira, Breno namora há um ano a protagonista de “Dona de Mim”, Clara Moneke, e a torcida pelo casal só cresce. Para ele, a repercussão é motivo de orgulho.

“Nós dois, pretos retintos, sabemos das dificuldades de viver isso em um país como o nosso”, diz. “Mas preferimos celebrar a alegria de que está dando certo. Para além do trabalho e da visibilidade, vivemos nosso amor de verdade, e isso já é um ato revolucionário.”

Ele também comenta o fato de os dois serem comparados ao casal Taís Araujo e Lázaro Ramos. “Isso é um orgulho, porque eles são nossa maior referência, mas também queremos trilhar o nosso próprio caminho”, afirma.

Após o fim da novela, o ator ainda não tem projetos confirmados, mas admite que há movimentações no horizonte. “Existem sondagens, mas, por enquanto, são apenas conversas e vontades. Nada definido ainda”, explica.

Mas, claro, Breno acredita que ainda tem muito a viver e conquistar na carreira. “Como pessoa, estou numa fase muito boa, feliz no meu relacionamento e no meu trabalho. Como ator, falta tudo. Quero fazer cinema, rodar festivais, me desafiar em novos projetos”, diz. “Quero continuar sendo uma boa pessoa e um bom profissional, me realizando com personagens fortes e histórias que me movam.”