Da Redação
O governo federal anunciou nesta quinta-feira (4) o Gás do Povo, um novo programa social que promete revolucionar o acesso ao gás de cozinha no Brasil. A meta é atender 15,5 milhões de famílias de baixa renda — cerca de 50 milhões de pessoas — com a entrega gratuita de botijões de 13 kg, substituindo gradualmente o atual Auxílio Gás, que hoje beneficia apenas 5,1 milhões de famílias.

A medida, assinada pelo presidente Lula por meio de uma Medida Provisória, prioriza quem está no CadÚnico e possui renda per capita de até meio salário mínimo (R$ 759). Famílias que recebem o Bolsa Família terão preferência no recebimento.

Ao contrário do modelo vigente, em que o dinheiro é depositado na conta e pode ser usado para qualquer fim, o Gás do Povo funcionará como um voucher exclusivo para compra do botijão em revendas credenciadas. O valor do benefício será definido com base no preço médio do gás em cada estado e no tamanho da família, garantindo mais botijões para lares com mais pessoas.

O programa será implementado gradualmente, começando em novembro deste ano e com previsão de atender a totalidade das famílias até março de 2026. Quando estiver em plena operação, o governo prevê a entrega de 65 milhões de botijões por ano.

A gestão do benefício ficará a cargo do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social. Para retirar o gás, o beneficiário poderá usar um aplicativo, cartão do programa ou QR Code vinculado ao Bolsa Família diretamente no ponto de revenda credenciado.

O objetivo do programa é reduzir a pobreza energética, diminuir o uso de lenha e proteger a saúde das famílias, evitando doenças respiratórias e reduzindo o impacto no SUS. Além disso, ao dispensar a necessidade de coleta de lenha — que toma em média 18 horas semanais de trabalho —, o governo espera melhorar a frequência escolar de crianças.

O orçamento para 2025 será de R$ 3,57 bilhões, chegando a R$ 5,1 bilhões em 2026 para garantir a cobertura nacional. Dúvidas poderão ser sanadas pelo telefone 121 ou pelo portal FalaBR.