SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Giorgio Armani, um dos maiores estilistas do mundo, morto aos 91 anos nesta quinta-feira, disse que seu único arrependimento foi ter perdido tempo com entes queridos por causa do trabalho.

“Não sei se fui ‘workaholic’, mas trabalho árduo foi essencial para ter sucesso”, o desginer de moda italiano afirmou em entrevista ao jornal Financial Times na semana passada. “Meu único arrependimento na vida foi passar muitas horas trabalhando e não ter tido tempo suficiente com amigos e família.”

Armani, dono e fundador da grife de mesmo nome, uma das maiores do universo da moda, se recuperava de uma doença para celebrar os 50 anos de sua marca. Os eventos aconteceriam no fim deste mês durante a Semana de Moda de Milão.

O anúncio da morte do designer foi feito pelo grupo Armani em um comunicado enviado à imprensa.

“O senhor Armani”, diz o comunicado, “como sempre foi chamado com respeito e admiração por seus funcionários e colaboradores, morreu em paz, cercado por seus entes queridos. Incansável até o fim, ele

trabalhou até seus últimos dias, dedicando-se à empresa, às coleções e aos muitos projetos em andamento e futuros.”

Armani estava doente há algum tempo e, pela primeira vez em sua carreira, não apareceu ao final do desfile de sua marca na semana de moda masculina de Milão, em junho. Haverá uma cerimônia pública de despedida de Armani em Milão, nestes sábado e domingo. Seu funeral será restrito aos mais próximos, em respeito a um pedido do estilista.