SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O estilista Giorgio Armani, morto aos 91 nesta quinta-feira, disse ao jornal Financial Times que sua fraqueza era querer controlar tudo.
A entrevista foi publicada na semana passada, quando Armani estava se recuperando de uma doença para participar da comemoração de 50 anos da sua empresa. Os eventos aconteceriam na Semana de Moda de Milão no fim deste mês.
“Supervisionei todo o desfile de forma remota, por chamada de vídeo, das provas à maquiagem”, ele disse ao jornal inglês. “Tudo o que vocês verão foi feito sob minha direção e com a minha aprovação.”
Armani foi diretor criativo, CEO e único acionista da sua marca desde que a fundou. Sua vontade no começo, ele dizia, era afirmar sua visão de moda e, simplesmente, vestir pessoas e isso nunca mudou, afirmou ao Financial Times.
A Armani foi criada com um investimento inicial de US$ 10 mil. Ainda ao FT, Armani disse que seu escritório à época era menor que o banheiro que ele tinha atualmente.
“Não sei se eu usaria a palavra ‘workaholic’, mas trabalho árduo foi essencial para o sucesso”, disse. “Meu único arrependimento na vida foi ter passado muitas horas trabalhando e não ter tido tempo suficiente com os amigos e a família.”