(UOL/FOLHAPRESS) – A seleção brasileira jogará nesta quinta-feira (4) sua partida oficial de número 110 no Maracanã. Computadas apenas seleções nacionais contra seleções nacionais, sem confrontos contra clubes e combinados estaduais. Somando tudo, será o jogo 119. Nenhum estádio do planeta recebeu tantas vezes a camisa mais tradicional do futebol de seleções quanto o Maraca. Mas a primazia de ser a casa do Brasil havia se perdido desde o ano 2000, com reformas da arena mais famosa do planeta e viagens promovidas pela CBF para outros Estados e países, longe do Rio de Janeiro.
Nesta quinta-feira, no jogo entre Brasil e Chile, o Maracanã volta a ser a casa da seleção brasileira também depois do ano 2000. Será o 11º compromisso do Brasil, com cinco vitórias, três empates e duas derrotas, ambas para a Argentina, neste período. Desde a virada dos anos 90, o Morumbi tinha se tornado a arena com mais jogos da seleção: 10. Hoje está empatado com o Maraca. Nesta sexta-feira (5), o templo volta a reinar sozinho como o palco que mais recebeu a seleção em todos os tempos e também desde o ano 2000.
Se contar apenas o Maracanã após a reforma de 2013, esta será a sétima partida do Brasil lá dentro. Vitórias contra a Espanha (2013), Peru (2019), Chile (2021), empate com a Inglaterra (2013), derrotas para a Argentina (2021 e 2023). O Mineirão e a Neo Química Arena também receberam sete partidas neste período.
O retorno ao Maracanã tem a ver com decisão política das gestões recentes da CBF, especialmente depois de o Brasil ter disputado toda a Copa do Mundo de 2014 fora do Rio de Janeiro. A saída da Odebrecht da gestão do estádio também contribuiu para isso, por melhor qualidade do gramado e preços de aluguel mais acessíveis.
Até 1979, a casa da seleção era o Maracanã. Havia jogos em São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, mas a prioridade era o Maracanã. A partir da gestão Giulite Coutinho (1980-1986), o discurso da CBF foi de descentralizar o time nacional, com jogos espalhados por todo o país. Isso diminuiu a supremacia do maior templo do futebol mundial, mas o manteve como a casa mais frequentada pela camisa amarela.
Já no século 21, houve um momento em que o Emirates, de Londres, era o estádio mais usado pela seleção. Desde 2000, houve oito jogos na arena do Arsenal.
“É o maior templo do futebol mundial”, disse Carlo Ancelotti em sua conferência de imprensa na quarta-feira, em Teresópolis.
A SELEÇÃO NO BRASIL DEPOIS DO ANO 2000
Maracanã – 11 jogos *
Morumbi – 10 jogos
Mineirão – 9 jogos
Mané Garrincha – 8 jogos
Castelão – 7 jogos
Neo Química Arena – 7 jogos
Nílton Santos – 6 jogos
Beira-Rio – 5 jogos
Serra Dourada – 5 jogos
Fonte Nova – 4 jogos
Arena da Amazônia – 3 jogos
Arena do Grêmio – 3 jogos
Mangueirão – 3 jogos
Allianz Parque – 2 jogos
Arena Pantanal – 2 jogos
Arruda – 2 jogos
Couto Pereira – 2 jogos
Arena das Dunas – 1 jogo
Arena da Baixada – 1 jogo
Olímpico – 1 jogo
* Contando o jogo desta quinta-feira contra o Chile