SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A demissão de Laurent Freixe do cargo de CEO da Nestlé após a empresa concluir que ele mantinha um relacionamento amoroso secreto com uma subordinada trouxe à tona outros episódios constrangedores associados a figuras do alto escalão em grandes empresas.
Segundo o presidente da empresa, Paul Bulcke essa foi uma decisão necessária, ligada aos valores e à governança da empresa.
Veja quatro exemplos de CEOs filmados durante episódios embaraçosos.
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1. CÂMERA DO BEIJO
O empresário Andy Byron, então CEO da bilionária de tecnologia Astronomer, nos Estados Unidos, foi flagrado por “câmera do beijo” durante um show do Coldplay em julho deste ano, enquanto abraçava a diretora de RH da mesma empresa, Kristin Cabot.
O próprio vocalista da banda, Chris Martin, disse ao microfone quando viu a cena: “Ou eles estão tendo um caso ou são muito tímidos”. Andy tem dois filhos com a então esposa Megan Kerrigan Byron, que retirou o sobrenome Byron das redes assim que internautas enviaram a postagem do flagra.
Segundo o LinkedIn, Byron comandava a Astronomer desde julho de 2023, e Kristin estava há nove meses em um cargo de chefia de recursos humanos na empresa. Byron renunciou ao cargo após o flagra e a Astronomer anunciou um CEO interino em seu lugar.
2. TIRAR BONÉ DE CRIANÇA
Durante a US Open, uma das competições de tênis mais importantes do mundo, o tenista polonês Kamil Majchrzak resolveu autografar uma bola e entregar o próprio boné para um menino que assistia ao jogo na arquibancada na última quinta-feira (28).
Porém, o empresário milionário Piotr Szczerek, CEO da empresa de pavimentação Drogbruk, rapidamente tomou o acessório de suas mãos. Ele desativou suas contas online após a repercussão negativa.
Segundo relatos, o empresário teria tentado se desculpar com a família do garoto, entrando em contato com a mãe dele para buscar uma forma de corrigir o erro.
3. ‘DÁ VONTADE DE DAR NA CARA’
Em agosto, Elaine Alves, fundadora da rede de desapego de moda infantil Cresci e Perdi, aparece em vídeo do Instagram voltado a licenciados dizendo que “dá vontade de dar na cara” de franqueado, enquanto ainda era CEO da marca.
A gravação começa com a empresária dando bom dia aos seguidores. Em seguida, ela passa a reclamar dos problemas da rede. “Eu queria fazer a CEO zen que vai trabalhar e falar eu amo meu trabalho. Mas não dá, velho. Eu fico aqui me descabelando para criar estratégia, evento […] E os franqueados… dá vontade de dar na cara”, diz.
Em nota enviada no final de agosto, a Cresci e Perdi afirmou que o vídeo de 2024 foi originalmente veiculado em um canal interno de treinamento da empresa, descontinuado no ano passado. “O material abordava orientações operacionais a respeito de um evento específico. Trechos isolados não representam os valores nem o posicionamento institucional da marca”, afirma a rede.
4. FURTO DE OBRAS DE ARTE
O empresário João Ricardo Rangel Mendes, ex-CEO do Hurb (antigo Hotel Urbano), foi flagrado por câmeras de segurança suspeito de furtar obras de arte de um hotel e de um escritório de arquitetura em um shopping de luxo na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro.
O episódio causou sua prisão ainda em abril, em uma cobertura da Barra, onde grande parte das obras furtadas foi recuperada. Meses mais tarde, já em agosto, o ex-CEO deixou a prisão por decisão da Justiça para avaliar a sanidade mental, sob a condição de uso de tornozeleira e acompanhamento psiquiátrico.
À Justiça a defesa sustentou que o empresário, diagnosticado por médicos como portador de psicose maníaco-depressiva, não tinha plena capacidade de compreender ou se autodeterminar no momento dos fatos.