SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Prefeitura de São Paulo afirmou não ter autorizado a realização da Nu Busão, festa nudista que rodou a cidade num ônibus, durante a madrugada, em agosto, e cobrou esclarecimentos da empresa responsável.
Segundo o Departamento de Transportes Públicos, não houve pedido de regularização de transporte para esse evento junto ao órgão. O aval era necessário por haver pessoas em pé durante todo o percurso.
“A empresa responsável foi comunicada oficialmente para prestar esclarecimento”, informa a gestão Ricardo Nunes (MDB).
Os proprietários do ônibus no qual a festa foi realizada, a companhia Walking Party, afirmam que o imbróglio já foi resolvido.
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A empresa foi contratada pela casa de swing Spicy Club. O proprietário do espaço, Fábio Leandro, explica que, ao planejar o evento, buscou no mercado uma empresa especializada em eventos itinerantes.
“Quando questionamos sobre sua segurança e permissões perante aos órgãos públicos a empresa confirmou estar ok”.
Além da festa para nudistas, a casa produz noites de ménage, BDSM conjunto de práticas sexuais que envolvem dinâmicas de poder, controle e restrição. e exibicionismo, para gays, lésbicas e criadores de conteúdo. Difícil é não encontrar seu nicho.
A festa aconteceu a partir das 23h do dia 23 de agosto, um sábado. O ônibus saiu de Moema, seguiu rumo ao Pacaembu, passou pela avenida Paulista e voltou ao ponto de partida pela Ibirapuera. Foram três horas de percurso com 60 pessoas a bordo.
Embarcaram casados e solteiros. Idosos e novinhos. Héteros e bissexuais. Cis e trans. No veículo, nada disso importava. Todos eram iguais e ninguém era de ninguém.
Para entrar no evento dos pelados, a passagem custava R$ 130 para mulheres sozinhas. Homens desacompanhados pagaram R$ 250. Já os casais, deixaram R$ 280.