RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – O Rio de Janeiro registra 37 policiais militares mortos em situações violentas em 2025, segundo a corporação. Desse total, sete estavam em serviço.
O caso mais recente ocorreu na segunda-feira (1º), quando o subtenente da PM Anderson de Souza Figueira, 43, foi assassinado durante uma operação no Complexo do Chapadão, na zona norte.
O agente foi atingido por um tiro no pescoço, acima da linha do colete, quando a equipe em que estava tentou se abrigar em uma igreja cercada por disparos. O local ficou com diversas marcas de tiros.
Em nota, a Secretaria de Estado de Polícia Militar lamentou a morte do subtenente. A PM informou ainda que Figueira chegou a ser socorrido e levado ao Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, em Acari. Mas, segundo a direção da unidade, o agente já chegou morto.
O confronto no Chapadão terminou ainda com dois suspeitos baleados, que foram socorridos ao mesmo hospital e permanecem internados sob custódia policial.
Lotado no 41º BPM (Irajá), o policial ingressou na corporação em 2002. Ele deixa mulher e três filhos. O sepultamento ocorreu nesta terça (2), no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na zona oeste.
O caso ocorreu um dia depois do assassinato de outro agente de segurança. No domingo (31), em Angra dos Reis, na Costa Verde fluminense, o inspetor da Polícia Civil Elber de Freitas Fares, 50, foi morto a tiros quando saía de uma igreja ao lado do filho de 10 anos. Câmeras de segurança registraram a execução. O caso é investigado pela Polícia Civil.
As estatísticas reforçam um quadro recorrente de vitimização de agentes de segurança no Rio. Dados do ISP (Instituto de Segurança Pública) mostram que, em 2024, foram 54 policiais mortos, sendo 12 em serviço e 43 em folga. Em 2023, foram cerca de 58 vítimas (11 em serviço e 47 em folga). Já em 2022, o total chegou a 47 (19 em serviço e 28 em folga).