SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A conclusão das obras para reparar uma cratera na marginal Tietê, na altura da ponte Atílio Fontana, zona oeste de São Paulo, ficou para o ano que vem. Segundo a Sabesp, que chamou de inédito o dano na tubulação, uma nova etapa das obras de recuperação no local começou.
O buraco se formou em 10 de abril após uma chuva forte e chegou a ser fechado, mas voltou a aparecer um mês depois. Desde então, os prazos para a resolução do problema foram sendo modificados.
O interceptor é uma tubulação grande, com 2,50 metros de diâmetro, que recebe e transporta esgoto de coletores menores. Nesse caso, é considerada pela companhia a artéria principal da empresa e fica a 18 metros de profundidade, sendo responsável por transportar o esgoto de diferentes bairros para a estação de tratamento em Barueri, na Grande São Paulo.
Após acessarem o interceptor, as equipes confirmaram que a estrutura principal está preservada. O trabalho consiste na retirada de entulho, areia e escombros que estão obstruindo o trecho, com previsão de conclusão dos trabalhos até o final de março de 2026.
“Enquanto isso, os veículos que passam pela região seguem utilizando um acesso provisório que foi entregue em maio”, disse a Sabesp, em comunicado na segunda-feira (1º).
Segundo a empresa, o desafio é garantir a operação do sistema e a segurança das equipes, que trabalham a 18 metros de profundidade.
Para isso, foi adotada a injeção de um gel químico no solo, chamado Ecoryon, que cria uma barreira impermeável. “O produto funciona como uma cola líquida que endurece dentro do terreno, impedindo infiltrações e reduzindo riscos.”
Atualmente, um desvio temporário permite a transferência de 2.750 litros de esgoto por segundo por meio de seis estruturas ao longo da marginal.