SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Monbank, instituição financeira digital com sede em Porto Alegre, foi alvo de um ataque hacker na manhã desta terça (2). Segundo a fintech, a ofensiva desviou R$ 4,9 milhões, dos quais R$ 4,7 milhões foram recuperados até o início da tarde.
De acordo com a empresa, a invasão atingiu a conta reserva do banco e envolveu o sistema STR (utilizado para transferências bancárias, como TEDs) e o Pix. As contas privadas dos clientes do banco não teriam sido atingidas.
Ainda segundo a fintech, os R$ 200 mil restantes estão sendo rastreados e bloqueados com o apoio das instituições financeiras que receberam os valores. A Monbank não revelou o nome das instituições.
“Ao perceber o ataque, a área de segurança cibernética do Monbank imediatamente interrompeu as operações da empresa e comunicou aos órgãos oficiais competentes”, afirma a empresa em nota.
Em reação ao ataque hacker desta terça, o Monbank diz ter suspendido os ambientes que envolvem o Pix, “com o intuito de evitar novos ataques e resguardar evidência para a continuidade das investigações”.
A instituição financeira diz ter adotado as medidas de segurança e que retomará as operações com normalidade quando as investigações forem concluídas e houver estabilidade nos sistemas.
O Banco Central foi procurado, mas não respondeu até a publicação deste texto.
O ataque é a mais nova ofensiva de hackers ao sistema financeiro. Em julho, foi desviado R$ 1 bilhão das contas de clientes da empresa C&M Software, que presta serviços de tecnologia para instituições do setor financeiro.
A empresa de tecnologia administra a troca de informações entre instituições brasileiras ligadas ao SPB (Sistema de Pagamentos Brasileiro), incluindo o Pix, e tem como clientes Bradesco e XP.
No sábado (30), um outro ataque atingiu a Sinqia, empresa de processamento de pagamentos. Os hackers teriam desviado R$ 380 milhões do HSBC por meio de movimentações via Pix.