FOLHAPRESS – O ministro Luiz Fux afirmou que não se considerará impedido no julgamento de um dos réus em outro núcleo da trama golpista, o policial federal Marcelo Bormevet, acusado também de integrar a chamada “Abin paralela”.
A PGR diz que Bormevet fez um dossiê com desinformações sobre Fux e Luís Roberto Barroso, associando-os falsamente a empresas.
Fux interrompeu a fala da defesa de Alexandre Ramagem, que chefiava a Abin. O advogado dizia que Ramagem não deu ordens nesse sentido e que o próprio Bormevet disse que fez isso por conta própria.
“Essa questão não tem a menor lógica. Eu evidentemente não iria me declarar impedido por isso, isso não vai influir em nada”, disse Fux.
“Aqui já se alegou impedimento que o colega seria vítima, o outro participou da prisão, o outro colega teria sido advogado… isso aí não infirma a minha independência, malgrado tenha sido um desvio gravíssimo de quem se diz bom policial.”
As afirmações de Fux se referem, indiretamente, a pedidos das defesas contra Alexandre de Moraes, que seria alvo da trama golpista, e de Cristiano Zanin, que advogou para Lula.