Da Redação
O Supremo Tribunal Federal (STF) abriu nesta terça-feira (2/9) um processo que pode levar o ex-presidente Jair Bolsonaro e sete de seus ex-auxiliares a condenações que ultrapassem três décadas de prisão. Eles são acusados de arquitetar um plano para anular o resultado das eleições de 2022 e manter Bolsonaro no poder.
O cronograma do julgamento prevê oito sessões, distribuídas entre os dias 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro. Na primeira etapa, a palavra cabe ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, que conduz a acusação, e às defesas dos réus. Os votos dos ministros devem começar a ser apresentados na sequência.
Entre os acusados estão militares de alta patente e figuras centrais do governo Bolsonaro:
- Jair Bolsonaro – ex-presidente da República
- Alexandre Ramagem – ex-diretor da Abin
- Almir Garnier – ex-comandante da Marinha
- Anderson Torres – ex-ministro da Justiça
- Augusto Heleno – ex-ministro do GSI
- Paulo Sérgio Nogueira – ex-ministro da Defesa
- Walter Braga Netto – ex-ministro e candidato a vice em 2022
- Mauro Cid – ex-ajudante de ordens da Presidência
Eles respondem por crimes como organização criminosa armada, tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, além de destruição de patrimônio público.
A responsabilidade de decidir o destino dos acusados está nas mãos da Primeira Turma do STF, composta pelos ministros Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Flávio Dino.