SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Governo de São Paulo faz nesta sexta-feira (5) o leilão de concessão do lote Paranapanema, corredor de 285 quilômetros de rodovias entre Itapetininga e Ourinhos. A Folha apurou que três grupos entregaram propostas: Pátria, CS Infra e um consórcio com a Zetta Infraestrutura e a Galapagos Capital.

O projeto prevê R$ 5,8 bilhões em investimentos ao longo dos 30 anos de contrato, cujo modelo é o de PPP (parceria público-privada), em que a concessionária recebe um pagamento do governo, de até R$ 310 milhões por ano.

O critério do leilão será o maior desconto sobre esse valor, chamado de contraprestação.

Atualmente, a CS Infra possui dois contratos de rodovias, um no Piauí e outro em Mato Grosso. O grupo Pátria opera concessões no Paraná e em outras regiões. A Zetta Infraestrutura possui uma operação em Mato Grosso.

Visto como importante rota para o escoamento de insumos agrícolas, o trecho da estrada paulista abrange rodovias que hoje estão sob administração do DER-SP (Departamento de Estradas de Rodagem de São Paulo). A empresa vencedora deverá promover a duplicação de toda a extensão do trecho, bem como melhorias na pista.

A rodovia corta o estado de leste a oeste e serve como ponto de ligação da capital a cidades como Sorocaba, Assis e Presidente Prudente.

Aposta do governador Tarcísio de Freitas, o agronegócio será um dos grandes beneficiários com a reforma, uma vez que a Raposo é um dos principais eixos logísticos rodoviários do país e terá sua capacidade de escoamento ampliada, sobretudo na ligação com o porto de Santos.

Em nota, a CS Infra reiterou seu interesse no lote Paranapanema e disse que avalia oportunidades alinhadas às suas diretrizes de atuação com foco em concessões de longo prazo, presentes em setores da economia real, que preservem a estrutura de capital e apoiem o desenvolvimento sustentável.

Procurados, Pátria e Galapagos disseran que não comentariam. A Zetta não respondeu até a publicação deste texto.