RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A Polícia Civil investiga a morte do inspetor Elber de Freitas Fares, 50, assassinado na noite deste domingo (31) em Angra dos Reis, na Costa Verde do Rio. O policial foi baleado na frente do filho de 10 anos, que tentou reanimá-lo após o ataque. Até a tarde desta segunda-feira (1º), ninguém havia sido preso e a motivação do crime seguia desconhecida.
O ataque ocorreu por volta das 20h30, no bairro Balneário, quando o inspetor deixava a igreja acompanhado do filho. Imagens de câmeras de segurança mostram pai e filho caminhando até o carro estacionado do outro lado da rua.
Segundo a gravação, o veículo se aproximou, reduziu a velocidade e retornou de ré. Um homem armado desceu e disparou contra o agente no momento em que ele entrava no carro.
Elber foi atingido por dois disparos, um no abdômen e outro no pescoço. Após a queda, o filho correu em direção ao pai e tentou socorrê-lo. Outras pessoas que estavam na igreja também aparecem no vídeo se aproximando.
O inspetor chegou a ser atendido pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e encaminhado ao Hospital Municipal da Japuíba, mas não resistiu e morreu na unidade de saúde.
A vítima era lotada na 166ª DP (Angra dos Reis), unidade que agora conduz a investigação com o apoio de outras delegacias da região. A Polícia Civil informou que diligências estão em andamento para identificar o autor dos disparos e outros possíveis envolvidos.
A Polícia Militar, por sua vez, disse ter sido acionada para ocorrência na rua Presidente Castelo Branco. Quando a equipe chegou, o policial já havia sido socorrido. O local foi preservado e periciado.
Ainda na noite de domingo, uma operação foi montada na rodovia Rio-Santos, com revista a todos os veículos que passavam, mas ninguém foi preso.
Investigadores trabalham com a hipótese de execução ou de tentativa de assalto. A apuração também considera o fato de que, próximo ao local do homicídio, funciona um prédio de uma empresa de TV a cabo que, segundo moradores, foi alvo de tentativas de invasão por criminosos. Facções que dominam comunidades da região costumam explorar serviços clandestinos de internet e TV, o que teria gerado conflitos envolvendo a empresa.
Ainda não há informações sobre a relação do caso com a atuação do inspetor na corporação ou sobre possíveis ameaças que ele pudesse ter recebido.