(UOL/FOLHAPRESS) – Bia Haddad Maia, nº 22 do ranking mundial, disputa nesta segunda-feira (01) as oitavas de final do US Open, a partir das 21h40 (de Brasília). Sua adversária será a norte-americana Amanda Anisimova, nº 9 do mundo, que já precisou paralisar a carreira duas vezes, enfrentando luto e burnout.

Filha de russos, Anisimova perdeu o pai aos 17 anos. Na época, em 2019, a atleta já era considera uma grande promessa do tênis, e decidiu não disputar o Aberto dos Estados Unidos após Konstantin Anisimov ter sido encontrado morto, vítima de um ataque cardíaco.

Seu pai era também seu treinador, mas deixou de treinar a filha pouco antes de morrer, quando se separou da esposa Olga Anisimova, mãe da tenista.

Esta é obviamente a coisa mais difícil que já passei e a coisa mais difícil que já me aconteceu, e eu realmente não falo sobre isso com ninguém. Amanda Anisimova, ao New York Post

Em 2023, a atleta voltou a paralisar a carreira por um período devido a burnout. Anisimova tomou a decisão logo após ter sido derrotada pela holandesa Arantxa Rus, no Madrid Open. Em seu Instagram, a tenista relatou que estava “lutando contra sua saúde mental”.

Tenho lutado contra meu esgotamento e saúde mental desde 2022. Tornou-se insuportável estar em torneios de tênis. Neste momento, a minha prioridade é meu bem-estar mental e fazer uma pausa por algum tempo. Trabalhei o máximo que pude para aguentar isso. Anisimova, em publicação no seu Instagram

Anisimova retornou às quadras em meados de 2024, após período de descanso. Em entrevista ao site Olympics, a norte-americana disse que produzir arte a ajudou naquele momento: “Era definitivamente algo que eu realmente gostava fora das quadras, por algumas horas para zerar minha mente e colocar algo criativo no mundo. Eu estava gostando muito disso e fazendo caridade quando estava dando uma pausa no tênis”.

Neste ano, a atleta alcançou a final de Wimbledon e acabou derrotada pela polonesa Iga Swiatek, por 2 sets a 0 (6/0 e 6/0).