SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A clínica de recuperação de dependentes químicos de Paranoá (DF) onde um incêndio matou cinco pessoas na madrugada deste domingo (31) operava de forma irregular. Onze pessoas precisaram de atendimento médico por intoxicação.

O Instituto Terapêutico Liberte-se não possuía alvará de funcionamento nem autorização do Corpo de Bombeiros. A unidade havia sido interditada pela Secretaria de Proteção da Ordem Urbanística do Distrito Federal em julho do ano passado, mas reabriu em outro endereço sem passar pelas inspeções obrigatórias.

Em depoimento à Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), o proprietário admitiu a falta de autorização. Douglas Costa de Oliveira Ramos, de 33 anos, afirmou que chegou a solicitar o alvará, mas que o documento não foi expedido. Segundo as autoridades, o Corpo de Bombeiros não havia vistoriado o imóvel, impedindo a emissão da licença obrigatória.

Em nota, o Instituto Liberte-se lamentou a tragédia. “Lamentamos profundamente o trágico incêndio ocorrido em nossas dependências, que resultou em perdas irreparáveis. Manifestamos nossa solidariedade e consternação às famílias e amigos das vítimas, compartilhando a dor deste momento de imensa tristeza”.

A instituição disse que vai colaborar com as investigações. “Estamos fornecendo todas as informações necessárias para esclarecer as circunstâncias do ocorrido. Reiteramos nosso compromisso com a transparência e com a apuração rigorosa dos fatos”, destacou.