Walison Veríssimo
A primeira votação que aprovou a revogação da Taxa de Limpeza Pública (TLP), conhecida como Taxa do Lixo, deixou em evidência o racha na base do prefeito Sandro Mabel (União Brasil). O líder do governo na Câmara, Igor Franco (MDB), se juntou à oposição e votou pela derrubada da cobrança.
O placar foi de 20 votos a favor e 12 contra, com apoio também de outros vereadores governistas, como Pedro Azulão Jr. (MDB) e Lucas Kitão (UB). Do lado do Paço, nomes como Rose Cruvinel (UB), Tião Peixoto (PSDB) e Sargento Novandir (MDB) mantiveram o alinhamento e defenderam a continuidade da taxa.
O projeto, de autoria de Lucas Vergílio (MDB), anula a Lei nº 11.304/2024, que instituiu a cobrança em Goiânia. O parlamentar defende que a taxa começou a ser aplicada apenas em julho de 2025 e não possui previsão de receita na Lei Orçamentária Anual de 2025, argumento usado para afastar a hipótese de renúncia fiscal.
A posição de Igor Franco amplia o desgaste político do prefeito, que já enfrentava críticas pela abertura da CEI da Limpa Gyn. O voto do próprio líder do governo no Legislativo reforça que a coesão da base está em xeque em um momento decisivo da gestão.
Com a aprovação em primeira votação, o projeto segue agora para nova análise em plenário. Se for novamente aprovado, a Taxa do Lixo será revogada de forma definitiva.