MACEIÓ, AL (FOLHAPRESS) – A Polícia Civil de Minas Gerais investiga a morte de uma criança de seis anos após ser atendida e liberada da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte, nesta quarta-feira (27).
O caso foi registrado pela Polícia Militar. De acordo com o relato da mãe de Nicolas Gabriel Brito em boletim de ocorrência, o menino apresentava febre, vômitos, fraqueza e inflamação na garganta antes de ser levado à unidade de saúde. Durante a triagem, chegou a vomitar novamente e foi medicado com Benzetacil, dipirona, soro fisiológico e glicose.
Ainda segundo o BO, após algumas horas em observação, a criança foi reavaliada e foi dado um diagnóstico de virose, seguido de alta médica às 11h48. Poucos minutos depois, porém, já na saída do hospital, Nicolas teve tontura e tremores, foi socorrido pela mãe com a ajuda de outras pessoas e retornou imediatamente à unidade.
A mãe foi orientada a permanecer no hospital, mas sem acesso ao filho, conforme o boletim de ocorrência. Por volta de uma hora depois, um médico disse que a criança havia sofrido duas paradas cardiorrespiratórias e não havia resistido, mesmo após tentativas de reanimação que duraram cerca de 45 minutos.
O médico responsável pelo atendimento, ainda de acordo com o BO, disse que o menino chegou a apresentar boa recuperação clínica durante a observação, sem sinais de reação alérgica. Também foram ouvidas duas enfermeiras e duas técnicas de enfermagem, que disseram que a criança esteve ativa, brincando e alimentando-se normalmente antes da alta.
A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Santa Luzia, mas não obteve retorno até a publicação deste texto.
Em nota, a Secretaria Municipal de Educação afirmou que Nicolas será lembrado “com carinho por sua presença” e que está prestando suporte à comunidade escolar.
Houve tumulto no hospital após a morte da criança, com familiares exaltados e danos ao patrimônio da unidade.
O corpo da criança foi encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal) de Belo Horizonte para exame de necropsia. A Polícia Civil afirma que aguarda a conclusão dos laudos que poderão esclarecer as circunstâncias e a causa da morte.
