SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O ministro Dias Toffoli, do STF (Supremo Tribunal Federal), votou contra o pedido de liberdade para o ex-jogador Robinho, condenado por estupro e que está preso desde março do ano passado em Tremembé (SP).

Toffoli seguiu o voto de Luiz Fux, relator do caso envolvendo o ex-atacante de 41 anos. O voto foi publicado nesta quarta-feira (27) durante sessão virtual da Corte.

O placar está 3 a 1 pela manutenção da prisão. Além de Toffoli e Fux, Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes divulgaram suas decisões —apenas o último da lista votou a favor do recurso da defesa de Robinho.

Restam sete votos: André Mendonça, Carmen Lúcia, Cristiano Zanin, Edson Fachin, Flávio Dino, Luis Roberto Barroso e Nunes Marques ainda vão publicar seus entendimentos.

O JULGAMENTO DO RECURSO

No fim de 2024, o STF rejeitou pedidos de liberdade de Robinho por 9 votos a 2. A defesa do ex-jogador questionou a decisão.

Em março, a Corte começou a analisar o caso. O julgamento foi retomado e está sob deliberação até 29 de agosto.

PRISÃO DE ROBINHO

Em 2014, Robinho admitiu ter mantido relações sexuais com a vítima, mas negou violência sexual. Ele reforçou o discurso em 2020, em entrevista ao UOL.

Ainda em 2020, quando já havia sido condenado em primeira instância, ele acertou seu retorno ao Santos. O Peixe, no entanto, suspendeu o contrato com o atacante dias depois por causa da pressão da torcida e da imprensa pelo caso.

Em 2022, Robinho foi condenado na terceira e última instância da Justiça italiana a nove anos de prisão. Entretanto, ele nunca foi preso por já estar no Brasil, que não extradita seus cidadãos. Sendo assim, a Itália pediu para que o Brasil julgasse a possibilidade de o ex-jogador cumprir a pena em solo brasileiro.

No Brasil, Robinho foi condenado a nove anos de prisão pelo crime de estupro cometido na Itália. Ele está preso desde março de 2024 na Penitenciária II de Tremembé.