SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Dez pessoas morreram por fome em Gaza entre esta terça-feira e esta quarta (27), enquanto o Exército de Israel aumentou seu plano de expansão na Cidade de Gaza, informaram agências de notícias internacionais.

Entre os mortos por desnutrição severa estão três crianças. O número total de mortos desde 7 de outubro de 2023, quando a guerra começou, é de 313 e 119 dessas vítimas são crianças, segundo o Ministério da Saúde da autoridade palestina.

Mortes acontecem enquanto tanques de Israel seguem avançando na Cidade de Gaza, forçando o deslocamento da população. Segundo a agência de notícias Reuters, a vizinhança de Ebad-Alrahman foi invadida pelas forças militares e teve casas destruídas. Alguns foram “pegos de surpresa”, afirmou a Reuters.

Exército disse que matou um oficial sênior do Hamas durante seus avanços na região da Cidade de Gaza e de Khan Younis. Segundo as Forças de Defesa, Mahmoud al-Aswad seria uma “grande fonte de conhecimento” para o grupo extremista.

Uma mulher e uma criança que estavam em uma tenda também estão entre os mortos em ataques nesta quarta-feira (27), informou o ministério de Saúde local. Desde o começo da guerra, mais de 60 mil pessoas morreram no enclave.

Região da Cisjordânia Ocupada também foi alvo de ações do Exército, segundo o movimento Crescente Vermelho (representante da Cruz Vermelha na área). Além de deixar mais de 80 pessoas feridas em batidas na região e prender nove pessoas, as forças de defesa teriam levado o equivalente a mais de R$ 2 milhões de uma casa de câmbio local afirmando que “o dinheiro seria enviado ao Hamas”.

Papa Leão 14 fez “forte apelo” pela entrada de ajuda humanitária em Gaza, pelo fim da guerra e pela libertação dos reféns. Em sua audiência semanal no Vaticano, o pontífice afirmou que a guerra causou “muito terror, destruição e morte”.

Trump vai fazer reunião sobre situação em Gaza hoje e o secretário de estado dos EUA, Marco Rubio, também vai encontrar com ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar. Segundo o enviado especial Steve Witkoff, a expectativa é de que novos avanços sobre um cessar-fogo aconteçam. Israel ainda não respondeu à proposta egípcia de trégua que foi aceita pelo grupo extremista Hamas há mais de uma semana.